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Revista Brasileira de Engenharia de Pesca

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Figura 4 - Tijolos com inóculos <strong>de</strong> 5% <strong>de</strong> Egeria <strong>de</strong>nsa<br />

DISCUSSÃO<br />

124<br />

Rev. Bras. Enga. <strong>Pesca</strong> 2[1]<br />

Segundo Margalef (1986) apud Vega (1997), “Comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> macrófitas que formam gran<strong>de</strong>s<br />

ilhas impossibilitando a passagem total da luz po<strong>de</strong> acarretar a diminuição <strong>de</strong> 3 a 6 o C na temperatura<br />

em camadas inferiores da água, que por sua vez po<strong>de</strong> modificar totalmente o ecossistema subaquático”.<br />

Macrófitas aquáticas em excesso nos lagos e reservatórios, e principalmente próximos a capitação <strong>de</strong><br />

água para abastecimento em piscicultura, po<strong>de</strong>m proporcionar sérios problemas no cultivo <strong>de</strong> peixes,<br />

pelo acúmulo <strong>de</strong> matéria orgânica, <strong>de</strong>ixando a água imprópria para esta finalida<strong>de</strong>. Como exemplo real,<br />

po<strong>de</strong>mos citar o lago do Cemitério em Paulo Afonso, que face ao excesso <strong>de</strong> macrófitas aquáticas,<br />

ficou impróprio para o abastecimento <strong>de</strong> água na Estação <strong>de</strong> Piscicultura da CHESF, sendo necessário a<br />

transferência da captação d’água para o reservatório <strong>de</strong> Moxotó. Existem plantas aquáticas que<br />

constituem um substrato i<strong>de</strong>al para proliferação <strong>de</strong> insetos (culici<strong>de</strong>os), moluscos e outras comunida<strong>de</strong>s<br />

transmissoras <strong>de</strong> enfermida<strong>de</strong>s relacionadas com as represas (VEGA, 1997).<br />

A gran<strong>de</strong> discussão <strong>de</strong>ste trabalho está ao redor <strong>de</strong> um questionamento a respeito dos tijolos<br />

<strong>de</strong> adobe confeccionados da forma que este trabalho se propõe com a introdução <strong>de</strong> Egeria <strong>de</strong>nsa<br />

uma macrófita, recolhida nos reservatórios da CHESF, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Paulo Afonso - Bahia. Estes<br />

tipos <strong>de</strong> tijolos não são levados ao forno para queimar e sim <strong>de</strong>ixados para secar normalmente o que<br />

permite uma discussão em relação a sua resistência.<br />

Ressalta-se que, ao longo do tempo, vários países, inclusive o Brasil e precisamente na<br />

região Nor<strong>de</strong>ste, esta prática ainda é comum. No Estado do Piauí comunida<strong>de</strong>s carentes fabricam<br />

seus tijolos <strong>de</strong> adobe geralmente as margens <strong>de</strong> reservatórios hidrelétricos. Estes secam ao sol e<br />

após, são utilizados diretamente na construção <strong>de</strong> suas casas sem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serem assados ao<br />

forno (Figs. 5 e 6). Através <strong>de</strong> várias culturas e hábitos sociais diferentes ainda se utiliza a

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