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01 Viajando com Rockstar - 7 Dias com Você - Aline Sant'Ana

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Jean Pierre terminou a sessão <strong>com</strong>igo por volta das treze horas, despedindo-se <strong>com</strong> um caloroso<br />

abraço e uma taça de champanhe. Após encerrar a <strong>com</strong>emoração social, saí apressada do estúdio<br />

parisiense, <strong>com</strong> medo de perder o voo. Fui tão depressa ao hotel Four Seasons que sequer tive<br />

tempo de dar mais uma olhadinha para a vista da Torre Eiffel. Também não retirei a maquiagem.<br />

Provavelmente as pessoas me achariam uma esnobe por estar rebocada <strong>com</strong>o uma princesa da<br />

noite.<br />

Ignorando esses pensamentos, coloquei um short jeans, por causa do clima de verão, e sapatilhas<br />

baixas e macias, que casavam <strong>com</strong> a camiseta branca. Dei graças a Deus ao alívio instantâneo que<br />

envolveu meus pés.<br />

O celular tocou quando eu estava dentro do táxi e tive que interromper o animado motorista,<br />

que me contava sobre os encantos da França. Olhei para janela, já me sentindo nostálgica pela<br />

paisagem. Se eu pudesse escolher um lugar para envelhecer, seria aqui.<br />

— Oi, Lua.<br />

— Quando você chega?<br />

— Estou bem e você? Geralmente as conversas <strong>com</strong>eçam assim.<br />

— Estou ansiosa, só isso. — Ela bufou e pude ouvi-la batucar as unhas em algum lugar. Seu<br />

hábito desde a adolescência nunca ia mudar. — Já encontrou algum francês gato?<br />

— Lua, eu estou saindo da França. Tive sete dias de caos e agora preciso de sete de sossego.<br />

<strong>Você</strong> acha que eu estou me preocupando <strong>com</strong> homem?<br />

Ela soltou uma risada e eu sorri, mesmo que Lua não pudesse me ver. Pelo retrovisor, o taxista<br />

me direcionou um olhar bondoso, <strong>com</strong>o se soubesse e <strong>com</strong>preendesse a praga que eu chamava de<br />

melhor amiga.<br />

Só Deus para entender essa criatura.<br />

— Acho que Nevin quer encontrar você. Ele disse que a última vez foi meio...<br />

— Estranha? — Bufei, puxando os fios de tecido do short, desfiando-o no processo. — Ele foi<br />

bem sinistro.<br />

— Dê mais uma chance, Erin. Acho que ele pode te surpreender.<br />

Ultimamente, a palavra surpresa no âmbito masculino era, no mínimo, preocupante. Não me<br />

sentia apaixonada e arrebatada, ninguém me causava aquela sensação de frio na barriga e<br />

borboletas no estômago. A dificuldade estava em me envolver. Os homens todos voltavam-se para<br />

seus próprios problemas e pareciam não se importar em satisfazer física e emocionalmente uma<br />

mulher. Eram egoístas e estúpidos, e Nevin não parecia ser diferente disso.<br />

— Só mais uma, Lua. Pelo amor de Deus, não sei onde você encontra essas pessoas.<br />

— Eu te disse que ele é amigo de um colega meu — ela contou, sussurrando. — Não posso<br />

falar em voz alta sobre ele. Alguém pode escutar. Mas vamos falar de coisas boas, sobre as quais<br />

eu possa falar. Como está Paris?<br />

— Incrível — suspirei, admirando as ruas, as lojas, as grandes galerias e as pessoas pela janela<br />

do táxi. — Pena que não tive tempo de passar nas boutiques e <strong>com</strong>prar algo. Visitei a Torre Eiffel

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