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— Eu sei, vocês me queriam sob os lençóis — o homem falou, <strong>com</strong>o se essa fosse uma tragédia<br />
mundial. — Eu queria todas vocês.<br />
Adrian continuou <strong>com</strong> suas piadas sexuais, fazendo brincadeiras sobre a diversidade dos<br />
tamanhos dos pênis e o que a mulherada havia encontrado por aí. Muitas participaram e<br />
gargalharam quando o <strong>com</strong>ediante <strong>com</strong>eçou a pedir nomes para provocar o público.<br />
Erin só faltava chorar. Ela se segurava para não rir, porque a maneira de ela rir era muito<br />
única, aquele tipo de gargalhada que dá vontade de você rir junto, mas não porque a piada foi<br />
engraçada, e sim porque a pessoa está rindo de modo bizarro. Mesmo assim, ela era linda. Me<br />
fez imediatamente sentir que eu já tinha escutado a sua risada solta, em algum lugar, há muito<br />
tempo. E não na época que eu a conhecia <strong>com</strong>o amiga da Lua... Antes disso? Quando? Onde?<br />
— Minha risada é estranha — disse ela, secando as lágrimas.<br />
— É feia demais, Erin — concordei sinceramente. — Mas você rindo é uma coisa linda.<br />
Ela me deu uma piscadela, <strong>com</strong> as íris azuis brilhando, e voltou sua atenção para Adrian.<br />
— Aposto que já tem gente de casalzinho aqui — provocou o <strong>com</strong>ediante. — É aquele amor de<br />
pica, sabe? O cara vai lá, fode direitinho, e a garota fica caidinha. Se você está aí agora,<br />
corando por causa disso, amor, você caiu no amor de pica.<br />
Erin ficou vermelha e eu soltei uma gargalhada muito alta, não me contendo. Lua lançou um<br />
olhar para nós, mas voltou sua atenção para Yan.<br />
— Eu não me importo se você estiver apaixonada só pelo meu pau — brinquei, sussurrando.<br />
Ela me lançou um olhar fuzilador e se afastou, corando absurdamente. Seus olhos foram para<br />
Lua e a Fada suspirou aliviada.<br />
— Jesus! — Ela se rendeu. — <strong>Você</strong> é o demônio quando se solta.<br />
— <strong>Você</strong> não viu nada, baby. Sou muito pentelho quando quero.<br />
— Eu até gosto disso. — E isso me fez pensar que eu queria que ela realmente gostasse de<br />
outra coisa em nós. Não só o sexo.<br />
Porque, droga, eu realmente gostava de cada coisa nela e isso não tinha nada a ver <strong>com</strong> a<br />
visão do seu corpo nu sobre o meu. Tinha a ver <strong>com</strong> a risada esquisita, os cabelos bagunçados de<br />
manhã, seu perfume e a música sobre nós na minha cabeça, que, <strong>com</strong> mais algumas rimas, já<br />
estaria pronta. Tinha a ver <strong>com</strong> os palavrões que ela soltava e se repreendia, ou o sorriso sempre<br />
na boca. Tinha a ver <strong>com</strong> a maneira de ela me olhar <strong>com</strong>o se eu fosse um maldito anjo da guarda.<br />
Tinha a ver <strong>com</strong> ela ser, literalmente, um conto de fadas.<br />
Talvez um conto de fadas bem sexy, mas, definitivamente, um conto de fadas.<br />
o<br />
Erin<br />
As sutilizas de Carter sobre nós dois passaram a se tornar diretas. Ele também não poupava os<br />
momentos em que me tocava, em que deixava claro que havia algo no ar. E eu já estava me<br />
coçando para contar a verdade, pensando e repensando seriamente até que ponto manteria o