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mão, pois, <strong>com</strong> o guia de turismo, o passeio levaria horas para ser concluído e, provavelmente,<br />
quando saíssemos, seria o momento certo dos turistas chegarem.<br />
Carter me chamou mais uma vez e aquilo foi o suficiente para eu me jogar no mar. A água era<br />
inacreditável de tão maravilhosa, morna e transparente a ponto de eu conseguir ver meus pés<br />
embaixo dela. O colete salva-vidas estava bem firme no meu peito e senti quando uma mão o<br />
agarrou e me puxou.<br />
— Oi — disse Carter. Seus cabelos castanhos molhados pareciam quase pretos e os olhos,<br />
naquele tom magnético de verde, estavam ainda mais claros, em contraste <strong>com</strong> o mar.<br />
Estávamos próximos um do outro. Tão próximos que Carter segurou a minha cintura e deixou sua<br />
respiração bater nos meus lábios. Naquele momento, eu era incapaz de dizer não, caso ele<br />
avançasse, e meu coração batia tão depressa no peito que eu tinha certeza de que Carter o sentia<br />
através do colete salva-vidas.<br />
Com um sorriso no rosto, ele aproximou a boca da minha e beijou lentamente os meus lábios,<br />
apenas um selar de bocas que parecia ser capaz de conectar todos meus nervos em uma<br />
descarga elétrica impossível de conter.<br />
— Vamos curtir os golfinhos, Erin?<br />
— Sim.<br />
Ele se afastou, <strong>com</strong>o se não tivesse bagunçado toda a minha cabeça, e pegou carona <strong>com</strong> um<br />
golfinho, agarrando-se às nadadeiras conforme Rob havia instruído. Eu não aguentei o momento de<br />
descontração e ri da naturalidade que ele tinha em meio àquele cenário. Carter estava em casa,<br />
brincando <strong>com</strong> os animais, recebendo beijos e carinho.<br />
— Vem curtir, Erin! — disse ele, suficientemente afastado.<br />
Rob chamou um dos lindos golfinhos para mim, que veio saracoteando feliz pela água, rindo<br />
enquanto fazia gracinhas. Eu me aproximei e dei um selinho no seu bico salgado, percebendo que<br />
ele movia as nadadeiras em agradecimento.<br />
— <strong>Você</strong> é tão lindo, senhor golfinho — elogiei, fazendo carinho em seu corpo, me sentindo<br />
<strong>com</strong>ovida pela experiência.<br />
Eram tão carinhosos que se a<strong>com</strong>odavam em nossas mãos para receber atenção e se afastavam<br />
para fazer surpreendentes saltos exibicionistas. Fiquei emocionada quando segurei nas fortes<br />
nadadeiras de um deles para passear. Seu nado era ágil, preciso e gracioso. Navegavam pelas<br />
áreas mais seguras, <strong>com</strong>o se soubessem que nós não iríamos para qualquer outro lugar além<br />
daquele limitado espaço.<br />
O fotógrafo estava registrando cada segundo e havia um cinegrafista de prontidão, fazendo<br />
um filme desse passeio. Quando Carter retornou da carona <strong>com</strong> o golfinho que estava apaixonado<br />
por ele, sorri e tive plena noção de que tudo podia transparecer <strong>com</strong> apenas o olhar.<br />
— Que loucura! — exclamou ele, retirando a água dos olhos. — Isso aqui é muito mágico!<br />
— <strong>Você</strong>s deram sorte de encontrarem o casal da ilha. <strong>Você</strong> está <strong>com</strong> o Flinn, e você, senhorita,<br />
está <strong>com</strong> a Cilly. Esses dois são nadadores privilegiados. Às vezes, saltam até cinco metros acima<br />
da água e, acreditem, já registrei cinquenta quilômetros por hora na velocidade deles, batendo