Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
aquela atividade. Fiquei encarando a foto do submarino, pensando até qual profundidade ia. Mas,<br />
antes de entrar para buscar outras informações, Carter me surpreendeu e me puxou para um dos<br />
cantos isolados, prendendo-me contra a parede e posicionando suas mãos fortes na minha cintura.<br />
Ofeguei, porque queria muito que ele me beijasse.<br />
Ele não disse nada. Não precisava. Apenas me encarou <strong>com</strong> seus olhos verdes misteriosos e<br />
desceu a boca sobre a minha. O sabor de Carter já não era uma novidade, estava enraizado em<br />
mim, fazendo parte da minha história, sendo sinônimo do meu desejo.<br />
Suas mãos desceram para o meu quadril, apertando e arranhando levemente <strong>com</strong> a ponta dos<br />
dedos o fino tecido do vestido que eu usava. E ali, mesmo que o céu estivesse azul e o sol provasse<br />
que estávamos de dia, vi estrelas. Esqueci de todos os problemas e me deixei levar, absorvendo<br />
aquela explosão chamada Carter McDevitt me fazer sentir o que era ter vontade de alguém a<br />
ponto do seu corpo doer, a pele pulsar, e seu coração bater junto às asas de borboleta na<br />
barriga.<br />
Com apenas um beijo, ele era capaz de me deixar fraca, de tirar o meu sossego, de me fazer<br />
perceber que não existia outra palavra para descrever o que eu sentia. Eu estava apaixonada<br />
por ele. De novo e de novo. Se vivêssemos mil vidas, Carter me encantaria em todas. Porque nosso<br />
romance estava <strong>com</strong> cara de que era para ser, de que era para acontecer, mesmo em meio a<br />
tantos tropeços.<br />
Senti seus dentes puxarem meu lábio inferior, encerrando o beijo que me encheu de paixão e<br />
vontade. Os olhos do Carter estavam brilhando e, quando ele tocou meu rosto e puxou meu queixo,<br />
para selar nossos lábios mais uma vez, estremeci.<br />
— O que vou fazer, Erin? — ele perguntou baixinho, colocando a testa suada contra a minha.<br />
— Quero mergulhar em você, Fada. Quero estar contigo nos lençóis e na cama, enrolado nisso<br />
tudo, principalmente no seu corpo macio. Cara, por mais que esteja curtindo o passeio e essa<br />
viagem... Porra, eu só quero você e a porcaria de um colchão macio para fazer amor até cansar.<br />
Eu sorri e mordi seu queixo em um curto e delicioso gesto.<br />
— Eu também te desejo, Carter — sussurrei.<br />
— Assim você <strong>com</strong>plica para mim, Fada. Um beijo seu e já fico <strong>com</strong>pletamente ligado. Diz que<br />
essa noite você vai ficar <strong>com</strong>igo?<br />
— Eu vou.<br />
— É. — Suspirou ele, raspando a boca na minha. — Vou fazer lentamente dessa vez, Erin. Sem<br />
jogos, sem artimanhas, sem nada. Só eu e você. Lento. Profundo. Intenso. Do jeitinho gostoso que<br />
sonho desde quando bati meus olhos nos seus naquela bendita festa.<br />
Mais depressa do que eu podia calcular, minha pele se transformou em fogo puro. Lembranças<br />
das nossas noites, da capacidade que Carter tinha de me transformar em uma maravilhosa<br />
bagunça, vieram em jatos de memória.<br />
Ele percebeu a minha reação e um lento sorriso surgiu no seu rosto.<br />
— Vou te deixar em paz, Fada.<br />
— Ah, você não precisa — brinquei e escutei sua risada.