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<strong>com</strong> o presente...<br />
— E ainda vem me dizer que essa merda não é amor antigo. — Bufou Zane, revirando os olhos.<br />
— Agora vamos. Trabalhamos <strong>com</strong> qual?<br />
— A intro você pode <strong>com</strong>eçar <strong>com</strong> um sol sustenido. Mi semitom abaixo do si.<br />
— Perfeito — ele elogiou.<br />
— Sem o violão — <strong>com</strong>plementei —, mas nem precisamos do instrumento para elaborar.<br />
— Estou curtindo. E a parte do Yan?<br />
— Yan não precisa entrar forte, apenas a<strong>com</strong>panhar o tom. Acho que o ideal seria se fosse<br />
tocada em um piano. <strong>Você</strong> não manja do teclado? — perguntei a ele.<br />
— Sei tocar, mas estou enferrujado.<br />
— Vamos da forma que conseguirmos — eu garanti.<br />
— Ah, porra, não aguento ver você apaixonado. — Bufou Zane, rindo em deboche.<br />
— Daqui a pouco é você — provoquei. — Garanto que uma hora vai aparecer uma garota<br />
que vai quebrar toda essa sua putaria costumeira.<br />
— Difícil, hein? Difícil, meu querido.<br />
No segundo seguinte, a minha porta foi esmurrada <strong>com</strong> força. Levantei <strong>com</strong> um sobressalto,<br />
olhando o relógio, percebendo que eu tinha dez minutos para me encontrar <strong>com</strong> Erin.<br />
— Abre essa porta, Carter! — urrou Yan.<br />
Fiz o que ele pediu e tudo o que vi foi seu rosto machucado. Fui jogado na parede e Yan<br />
aproximou seu rosto do meu, <strong>com</strong>o se fosse um filho da puta lutador de UFC possuído pelo demônio<br />
da Tasmânia. Minha primeira reação foi instintiva: desfiz seu braço do meu pescoço <strong>com</strong> um único<br />
movimento, livrando-me do aperto. Então, em um impulso, dei nele um empurrão forte.<br />
— Que porra, Yan? — gritei <strong>com</strong> raiva.<br />
— <strong>Você</strong> e aquela menina foderam <strong>com</strong> tudo, caralho!<br />
— Ei, ei! — Zane se intrometeu aumentando a voz, separando-nos. — O que diabos aconteceu?<br />
— Lua descobriu a merda toda. Ela me socou e eu não fiz nada, deixei ela me bater porque eu<br />
menti para acobertar essa bagunça de vocês dois! — Yan gritou e aquilo me atingiu <strong>com</strong>o um coice<br />
no estômago. Tentei processar suas palavras, tentei <strong>com</strong>preender sua fúria, mas lagrimas de raiva<br />
desceram pelo seu rosto machucado... Lua havia descoberto, ela bateu em Yan. — <strong>Você</strong> e Erin<br />
deviam queimar no inferno, caralho. Eu estou apaixonado por Lua e ela não quer me ver nunca<br />
mais.<br />
— A decisão de mentir para sua namorada foi sua — arguiu Zane. — Carter e Erin não têm<br />
nada a ver <strong>com</strong> isso.<br />
— Onde ela está? — Apesar do pavor, eu estava rígido <strong>com</strong>o uma pedra, forte <strong>com</strong>o um touro,<br />
o instinto protetor gritando nos meus ouvidos. — Onde Erin está?<br />
— Foda-se! — grunhiu Yan, se afastando. — Resolva essa merda, Carter. Eu quero a minha<br />
garota de volta!