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palavrões. Mas ele podia colocar quantos xingamentos fosse, essa tinha sido a segunda coisa<br />
marcante que Carter disse para mim hoje.<br />
Se você soubesse que a música me lembra você, Carter...<br />
— Uma porra de um dia romântico? — intensifiquei o palavrão.<br />
— Não sou bom conversando — falou baixinho, virando-se para mim. — Sou do tipo que age e<br />
cria músicas.<br />
— Mas esse não é o melhor tipo? — Arqueei uma sobrancelha, experimentando suas mãos irem<br />
diretamente para cada lado do meu rosto.<br />
Nessa parcial escuridão, <strong>com</strong> apenas a lua apontando no céu, Carter tinha os olhos quase<br />
sobrenaturais de tão brilhantes, fazendo o meu coração bater <strong>com</strong>o um pássaro enjaulado em<br />
busca de liberdade.<br />
— Não sei se eu sou o melhor tipo — ele sussurrou, resvalando seus lábios nos meus. — Por que<br />
você não me diz?<br />
Fechei os olhos e deixei que ele me beijasse.<br />
Ali, naquele cruzeiro, onde tudo o que você menos espera é encontrar romance, Carter me<br />
beijava <strong>com</strong>o nos filmes adaptados dos livros do Nicholas Sparks, digno de um amor para o resto<br />
da vida. Não que eu imaginasse isso nos meus mais profundos sonhos, mas era difícil você não<br />
levar os seus pensamentos para um cenário onde beijos assim aconteceriam todos os dias, onde eu<br />
sentiria o calor dos braços de Carter e o seu perfume na minha pele. É difícil você não se iludir<br />
quando o homem praticamente conta que está criando sentimentos por você também.<br />
Com um leve puxar no meu lábio inferior, Carter me fez perder os sentidos e levou o restinho do<br />
bom senso que eu tinha, arrepiando-me. Envolvi minhas mãos mais firmemente em torno do seu<br />
pescoço e desci-as sobre o seu peito, sentindo as batidas duras do seu coração contra a minha<br />
palma.<br />
Jesus, <strong>com</strong>o era bom senti-lo!<br />
<strong>Viajando</strong> para a minha bochecha, Carter me beijou delicadamente e percorreu <strong>com</strong> o nariz até<br />
encontrar o meu pescoço e plantar a ponta da sua língua macia na minha pele, fazendo-me ver<br />
estrelas. Com um raspar de dentes, ele puxou a pele e deu um suave chupão, descendo suas mãos<br />
para a minha bunda, agarrando-a.<br />
O ritmo diminuiu quando seus lábios voltaram carinhosos para a minha boca, suave... Suave<br />
porque o beijo tinha tudo o que eu não havia contado para ele ainda.<br />
— Acho que valeu a pena eu confessar o meu ciúme — brincou, colocando pequenos selinhos<br />
demorados na minha boca.<br />
— Sim, valeu totalmente.<br />
— Parou de pensar no cara?<br />
Como vou parar, Carter? Ele é você.<br />
— Quem?<br />
Ele sorriu, satisfeito.