PUBLICACAO_GENERO_FINAL

33
invisibilidade que essa população (apesar da repercussão midiática que o tema
tem adquirido nos últimos anos) sofre na esfera da aquisição de direitos. As
violências vividas por essa população são subnotificadas, de modo que a realidade
do problema é maior do que se mostra nos dados nacionais.
Para compor a amostra da pesquisa selecionamos educadores/as e técnicos/as
de equipamentos públicos das políticas de educação, saúde e assistência social
que atuam com crianças e adolescentes no território do Jardim Ângela. Entramos
em contato com os equipamentos previamente mapeados e a participação na
pesquisa se deu de forma voluntária. O objetivo não é ter uma posição oficial de
nenhum equipamento ou política, mas sim captar a percepção acerca das violações
que envolvem gênero e sexualidade, de pessoas que estão no dia a dia desses
equipamentos. Para tanto, formulamos um questionário que mesclava perguntas
fechadas (com alternativas) e abertas (nas quais as respostas eram livres), o
anonimato das participantes foi garantido, e o questionário foi autoaplicado.
Nossa amostra conta com 152 pessoas, a maioria delas (92) têm entre 31 e 50
anos, e com relação ao sexo biológico, 78% são mulheres e 21% são homens (1%
não respondeu - NR).
Sexo dos entrevistados
Sou ne
Feminino
Masculino
NR
60%
40%
20%
0%
Homens
100,00%
Sou n
80,00%
20%