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edição de 17 de julho de 2017

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diGitAl<br />

Google Earth e O2 Filmes levam<br />

público para vivenciar a Amazônia<br />

Projeto feito com tecnologia <strong>de</strong> imersão reúne histórias interativas e<br />

mostra diferentes aspectos da região, on<strong>de</strong> vivem 27 milhões <strong>de</strong> pessoas<br />

Jéssica Oliveira<br />

Não é tão fácil ver <strong>de</strong> perto<br />

a Amazônia, seja pela distância,<br />

pelos custos ou mesmo<br />

pelo tempo hábil para visitá-la.<br />

Além <strong>de</strong> distante, para muitos,<br />

ela é uma terra misteriosa e fora<br />

da realida<strong>de</strong>, mas ela é parte<br />

fundamental <strong>de</strong> todos, por<br />

meio <strong>de</strong> uma conexão essencial<br />

com o ambiente.<br />

Porém, agora há uma nova<br />

possibilida<strong>de</strong> para aproximar o<br />

restante do país <strong>de</strong> um <strong>de</strong> seus<br />

maior patrimônio. Na semana<br />

passada, o Google Earth apresentou,<br />

como parte da renovação<br />

feita em abril, o projeto<br />

Eu Sou Amazônia. A iniciativa<br />

quer levar as pessoas a se aventurarem<br />

no coração da maior<br />

floresta tropical do mundo com<br />

a tecnologia <strong>de</strong> imersão do núcleo<br />

Outras Telas, da O2 Filmes,<br />

que mistura ví<strong>de</strong>o, mapas, áudio<br />

e realida<strong>de</strong> virtual em 360°.<br />

São 11 histórias interativas<br />

que abordam diferentes aspectos<br />

da região, on<strong>de</strong> vivem 27<br />

milhões <strong>de</strong> pessoas e há uma<br />

vasta diversida<strong>de</strong> cultural. Os<br />

moradores da floresta contam<br />

as suas histórias, algumas <strong>de</strong>las<br />

produzidas pelo cineasta<br />

brasileiro Fernando Meirelles.<br />

O material está disponível para<br />

<strong>de</strong>sktops e dispositivos móveis<br />

em g.co/EuSouAmazonia. A<br />

i<strong>de</strong>ia é que essas ferramentas<br />

imersivas, ao levar ao público<br />

a realida<strong>de</strong> da floresta e dos<br />

povos que lá vivem, também<br />

sensibilizem as pessoas sobre a<br />

importância da preservação e o<br />

impacto negativo das mudanças<br />

climáticas.<br />

“A Amazônia ainda é <strong>de</strong>sconhecida.<br />

Às vezes, pensamos<br />

nela como um gran<strong>de</strong> pedaço<br />

ver<strong>de</strong>, nem sempre vamos<br />

além disso. O que esse projeto<br />

mostra é que há muito na Amazônia.<br />

Po<strong>de</strong>mos ver no mapa a<br />

evolução do <strong>de</strong>smatamento, o<br />

impacto da existência das florestas<br />

no PIB da América Latina<br />

versus outros continentes.<br />

Eu Sou Amazônia mostra a vida <strong>de</strong> vários<br />

povos indígenas que vivem na região<br />

“O que esse<br />

prOjetO mOstra<br />

é que há muitO<br />

na amazônia”<br />

Fotos: Divulgação<br />

E a única forma <strong>de</strong> ter acesso<br />

a tanta informação só po<strong>de</strong> ser<br />

uma plataforma como o Google<br />

Earth, que integra todos os<br />

conteúdos com uma navegação<br />

atraente para o público”, afirma<br />

Janaina Augustin, diretora do<br />

Outras Telas.<br />

Ao ver as histórias é possível,<br />

por exemplo, conhecer a ca<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong> produção <strong>de</strong> iguarias da floresta,<br />

ver como comunida<strong>de</strong>s<br />

se reestruturaram com esforços<br />

sustentáveis e acompanhar o<br />

cotidiano dos quilombolas.<br />

Outra novida<strong>de</strong> foi feita em<br />

parceria com o Instituto Socioambiental.<br />

O Google Earth<br />

publica um atlas das terras<br />

indígenas no Brasil e <strong>de</strong> seus<br />

habitantes, com histórias contadas<br />

por eles. Povos indígenas,<br />

como os Tembé e os Paiter<br />

Suruí, falam como usam<br />

tecnologias <strong>de</strong> monitoramento<br />

para proteger seus territórios<br />

<strong>de</strong> exploração ilegal e <strong>de</strong>smatamento.<br />

Essas histórias são o<br />

resultado <strong>de</strong> um projeto que começou<br />

em 2007, quando o cacique<br />

Almir, da tribo Paiter Suruí,<br />

<strong>de</strong>scobriu o Google Earth e propôs<br />

uma parceria. O projeto foi<br />

ampliado para 30 comunida<strong>de</strong>s<br />

da Amazônia. Os 472 territórios<br />

indígenas brasileiros existentes<br />

também foram integrados ao<br />

Google Maps.<br />

Para Janaina, o EuSouAmazonia<br />

traz uma forma <strong>de</strong><br />

pensar em storytelling para<br />

tecnologias. “Esse é um bom<br />

exemplo <strong>de</strong> como as marcas<br />

po<strong>de</strong>m trabalhar com inovação,<br />

e chegar no público que<br />

consome essas tecnologias,<br />

sem usar somente as mídias<br />

tradicionais”, afirma.<br />

jornal propmark - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>julho</strong> <strong>de</strong> 20<strong>17</strong> 19

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