Revista dos Pneus 52
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o mercado. “Está e pronto. Importa, é óbvio<br />
que sim. Como tal, não temos de achar se<br />
é justa ou não. É o que é e faz sentido. Foi<br />
instituída muito mais à imagem da recauchutagem,<br />
mas, por detrás, haverá interesses das<br />
marcas em poderem vir a beneficiar dessa<br />
diretriz. Há um critério que me parece completamente<br />
desajustado: o facto de afetar<br />
tanto o pneu mais pequeno como um de<br />
grandes dimensões”, adiantou.<br />
Paulo Santos, da Tirso <strong>Pneus</strong>, é favorável em<br />
relação à taxa. “A minha principal marca, a<br />
Hankook, deslocalizou a sua produção da<br />
China para outros países e esta taxa acabou<br />
por beneficiar-me. Daí que, a partir de uma<br />
determinada altura do ano, veio ajudar-me,<br />
como recauchutadores, uma vez que o nosso<br />
grupo, Soledad, tem, também, essa vertente.<br />
Partilho totalmente da opinião do Carlos<br />
Marques. Entendo perfeitamente que se<br />
tratavam de preços completamente desajusta<strong>dos</strong><br />
da realidade, até tendo em conta<br />
Filipe Bandeira, AB Tyres<br />
“Tivemos de adaptar-nos,<br />
mas sentimos alguma<br />
dificuldade naqueles<br />
primeiros tempos, pelo<br />
dumping, neste caso<br />
os pneus importa<strong>dos</strong><br />
diretamente da China<br />
(...). Tínhamos marcas<br />
fortes nesse segmento e<br />
dessa origem, reduzimos,<br />
drasticamente, as vendas”<br />
PUB<br />
porque há uma falta de rentabilidade brutal”,<br />
disse. Mas esclareceu. “Não podemos dizer que<br />
o fabricante não quer este negócio, até porque<br />
temos um fabricante que criou uma nova empresa<br />
para fazer precisamente o mesmo que<br />
nós fazemos. O facto de eu representar umar<br />
marca que não depende de grandes fabricantes<br />
acaba por me ajudar a garantir a rentabilidade<br />
do meu negócio”, adiantou.<br />
Para Luís Aniceto, da S. José <strong>Pneus</strong>, o papel<br />
<strong>dos</strong> distribuidores é “fazer o que as marcas não<br />
querem fazer”. Significa isto que, “com as armas<br />
de que dispomos, temos de perceber qual<br />
é o nosso caminho e qual é o nosso melhor negócio.<br />
Vamos ter de fazer a logística que as marcas<br />
não estão vocacionadas para fazer, porque<br />
elas não estão preparadas para fazer entregas<br />
diárias nos grandes centros. Mas, mesmo assim,<br />
já há marcas a querer entrar nesse campo,<br />
reduzindo a nossa quota de mercado. A nossa<br />
logística é melhor do que a da farmácia e, sim,<br />
é possível voltar atrás na questão do excesso de<br />
entregas”, rematou.<br />
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