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Revista dos Pneus 52

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Bridgestone<br />

HOMOLOGAÇÕES E LEGISLAÇÃO<br />

CADUCIDADE EM QUESTÃO<br />

Durante a formação da sucursal portuguesa da Bridgestone Europe, abordou-se a questão da<br />

caducidade <strong>dos</strong> pneus. De acordo com o referido na sessão, a ETRTO (European Tyre and Rim<br />

Technical Organization) recomenda que, depois de cinco anos cumpri<strong>dos</strong> desde a primeira<br />

utilização, os pneus devem ser inspeciona<strong>dos</strong> por um especialista, pelo menos, uma vez por ano.<br />

A inspeção não deverá, contudo, substituir as verificações periódicas de manutenção (pressão de<br />

insuflação e do estado geral do pneu, como nível de desgaste, deformações). Deverá, antes, ser<br />

complementar. Por motivos de segurança, este organismo recomenda a substituição <strong>dos</strong> pneus<br />

por outros novos, dentro do prazo de 10 anos, cumpri<strong>dos</strong> com base na data de fabrico (anotada<br />

no flanco), mesmo que o nível de desgaste não tenha alcançado o limite mínimo legal (1,6 mm).<br />

nível de ruído e são produzi<strong>dos</strong> com materiais<br />

amigos do ambiente”. Em termos mecânicos,<br />

são recicláveis e têm a capacidade de<br />

“operar em condições não controladas, com<br />

elevada exatidão na produção, ao mesmo<br />

tempo que são elementos de segurança e<br />

de estética”, esclareceu. A formação avançou,<br />

de seguida, para as características da<br />

construção radial vs diagonal. A reter: as<br />

telas estabilizadoras, na construção radial,<br />

permitem a otimização da pegada durante<br />

a mudança de direção.<br />

Sobre os principais tipos de piso, o responsável<br />

da formação realçou três: simétrico,<br />

assimétrico e direcional. Em relação ao primeiro,<br />

o piso simétrico (efeito de espelho),<br />

os pontos fortes são, desde logo, a sua versatilidade,<br />

boa performance global e o facto<br />

de permitir uma utilização em quase todas<br />

as aplicações (UHP, 4x4). Considerações sobre<br />

a montagem destes pisos? Sem sentido<br />

de rotação e sem posição de montagem.<br />

Já o piso assimétrico (metades exterior e<br />

interior diferentes), apresenta como trunfos<br />

uma performance global muito boa, excelente<br />

imagem e um ombro exterior mais<br />

robusto. Atenção suplementar, na montagem,<br />

para a indicação outside, que terá de<br />

estar virada para o exterior do veículo, além<br />

de que não poderá fazer rotação na jante.<br />

O direcional apresenta como vantagens a<br />

sua utilização em pisos visualmente agressivos,<br />

sendo a melhor opção para casos de<br />

aquaplaning e aderência no molhado. Na<br />

montagem, deve considerar-se o seguinte:<br />

não deverá inverter-se o sentido da rotação.<br />

Além disso, os blocos que constituem o piso<br />

produzem um ruído mais elevado e podem<br />

desenvolver desgastes em dentes de serra.<br />

TIPOS DE PISOS<br />

Segundo Ricardo Car<strong>dos</strong>o, os pneus são<br />

construí<strong>dos</strong> “através da combinação de mais<br />

de 50 elementos, que acabam por determinar<br />

cada um <strong>dos</strong> aspetos da sua prestação”.<br />

O formador colocou, então, a questão. O<br />

que está num pneu? A resposta? Misturas<br />

de borracha: diferentes tipos de borracha,<br />

misturadas com químicos para melhorar<br />

as suas propriedades e para que tenham<br />

uma maior adesão com componentes de<br />

reforço. Fios de aço, juntos com a borracha<br />

e torci<strong>dos</strong> para formar talões; telas têxteis,<br />

ou seja, camadas de fios e têxteis aglutina<strong>dos</strong><br />

numa sandwich de mistura de kevlar,<br />

nylon e rayon; telas de fios de aço, ou seja,<br />

camadas de fios de aço aglutina<strong>dos</strong> numa<br />

sandwich de mistura de borracha.<br />

A sessão foi-se desenrolando e os assuntos<br />

continuaram a ser lança<strong>dos</strong> sobre o<br />

grupo de jornalistas do setor. Muitos temas<br />

e pormenores sobre pneus seriam ainda<br />

aborda<strong>dos</strong> na formação. Desde as cotas<br />

dimensionais às marcações no flanco, de<br />

tudo se aprendeu um pouco.<br />

TECNOLOGIA RUN FLAT<br />

Os pneus que podem rodar sem pressão,<br />

dota<strong>dos</strong> da tecnologia Run Flat, estiveram,<br />

igualmente, em destaque na formação. Na<br />

essência, tratam-se de pneus que, graças<br />

a uma construção reforçada ao nível <strong>dos</strong><br />

ombros, conseguem suportar o peso do<br />

veículo em caso de rodar a 80 km a uma<br />

velocidade máxima de 80 km/h com baixa<br />

pressão ou mesmo sem pressão alguma, na<br />

sequência de um furo. Como sublinhou Ricardo<br />

Car<strong>dos</strong>o, os benefícios desta tecnologia<br />

são inúmeros. Em matéria de segurança,<br />

“conseguem manter o controlo do veículo<br />

em caso de rápida perda de pressão e asseguram<br />

a mobilidade para se desviar de uma<br />

área perigosa”. A comodidade é outra das<br />

vantagens. “Possibilidade de deslocar-se até<br />

à próxima estação de serviço, baixo nível<br />

de ruído e máximo conforto de condução”,<br />

exemplificou.<br />

Por último, os pneus Run Flat conseguem<br />

ainda “poupar em peso e energia, ao eliminar<br />

a necessidade de transportar, no<br />

veículo, um pneu sobresselente”, o que,<br />

além de funcional, é uma questão ecológica.<br />

Esta é uma tecnologia bastante grata<br />

para Bridgestone. A marca é líder, com 30%<br />

do mercado, gozando de um crescimento<br />

exponencial no segmento, e continuando a<br />

desenvolver este produto para várias marcas<br />

premium (em breve, com 4G). Exemplos?<br />

BMW Séries 3 e 5, Mini R56 e Mercedes-Benz<br />

Classes A e M. u<br />

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