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J a c k s o n d e B r i t o S i m õ e s | 142<br />
e desta forma a gravidade pode ajudar a drenar os alimentadores quando o<br />
metal é vertido. Os sistemas de alimentação são geralmente projetados para<br />
serem compactos, a fim de conservar o calor. Quando possível o ideal é que<br />
eles sejam esféricos, ou, tenham seções transversais circulares. Essa técnica é<br />
muito utilizada inclusive por protéticos e joalheiros em suas fundições. A<br />
eficiência dessa técnica aumenta quando eles são colocados no canal de<br />
entrada e não no final das seções (Kliauga e Ferrante, 2009).<br />
A lei de Chvorinov é mais útil para evitar defeitos de porosidade e<br />
contração. No entanto, muitas ligas utilizadas na FP solidificam-se de forma<br />
'pastosa' e origina microcontrações dispersas no metal e neste caso essa<br />
relação não pode ajudar. A redução ou eliminação de microcontrações dispersa<br />
requer outras técnicas. Umas delas seria a utilização de altos gradientes<br />
térmicos na fundição. Estes altos gradientes são responsáveis por reduzirem a<br />
porosidade fazendo com que a solidificação ocorra de forma rápida e de modo<br />
que as extensões dos canais de entrada sejam substancialmente diminuídas.<br />
Desta forma, nenhum canal de alimentação de metal é bloqueado (Mariotto et<br />
al., 1987).<br />
O controle dos gradientes térmicos durante o processo de fundição é<br />
de fundamental importância para projetar um bom sistema de alimentação, e,<br />
portanto, é essencial o seu entendimento. A Fig. 69 apresentou um perfil de<br />
temperatura obtido através da solidificação de um metal, vazado num molde<br />
adjacente. O gradiente de temperatura é obtido pela inclinação da curva do<br />
perfil de temperatura em qualquer lugar na peça moldada, e varia a partir do<br />
líquido através da zona pastosa (onde ele aumenta) para o sólido junto ao<br />
molde (onde volta a diminuir).<br />
A utilização de altas taxas de solidificação tem se mostrado benéficas<br />
para a qualidade da fundição, além de diminuir a porosidade e refinar os<br />
espaçamentos dendritos. Consequentemente, muitas técnicas foram<br />
desenvolvidas para elevar os gradientes térmicos como: elevar a temperatura<br />
de vazamento do metal, diminuir a temperatura de pré-aquecimento do molde,<br />
ou aumentar a difusividade térmica do molde (mudando o material).<br />
Outra maneira de alcançar este último efeito é a utilização de peças<br />
metálicas geralmente de cobre ou alumínio (ambos com alta condutividade<br />
térmica e difusividade), para promover o início da solidificação em pontos<br />
ISBN 978-85-463-0222-2<br />
SUMÁRIO