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Ebook Simoes JB LMF

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Fabricação de Componentes Miniaturizados de Ligas com Memória de Forma NI-Ti Usando Fundição de Precisão | 47<br />

Este processo inicia-se na temperatura MS e se desenvolve até que a<br />

temperatura MF, abaixo da qual a martensita é estável, seja atingida. Ao se<br />

elevar a temperatura, atingindo AS, observa-se o início de uma transformação<br />

de fase inversa, da martensita em austenita (M ⇒ A, trecho 2), que persiste até<br />

que a temperatura AF seja alcançada. Este fenômeno pressupõe três (03)<br />

regiões distintas, sendo que duas delas estão relacionadas aos trechos<br />

lineares que correspondem à expansão térmica das fases austenita e<br />

martensita e uma região onde há uma região de histerese relacionada aos<br />

trechos de transformação de fase. A área compreendida pela histerese<br />

representa a energia dissipada durante o processo. Existem dois (02) tipos de<br />

histerese presentes nas transformações martensíticas termoelásticas: a térmica<br />

(associado ao EMF) e a mecânica (associada à superelasticidade), (Otsuka e<br />

Wayman, 1998; Yamauchi et al., 2011). Esse ciclo de aquecimento e<br />

resfriamento, livre de carregamento mecânico, apresentado anteriormente,<br />

pode ser repetido inúmeras vezes sem que as propriedades do material sofram<br />

alterações. A transformação martensítica também pode ocorrer devido a um<br />

carregamento mecânico, que origina o comportamento superelástico (Auricchio<br />

e Sacco, 1997).<br />

O Efeito Memória de Forma Simples (EMFS) é a capacidade que as<br />

<strong>LMF</strong> possuem de recuperar uma deformação aparentemente plástica,<br />

introduzida a baixa temperatura (TAS) (Otsuka e Wayman, 1998). O EMFS<br />

está ilustrado esquematicamente na Figura 10 para um atuador <strong>LMF</strong> tipo mola.<br />

Inicialmente o atuador está a uma temperatura inferior a MF quando é aplicado<br />

um carregamento que provoca uma deformação. Ao ser descarregada, uma<br />

pequena parte de sua forma é reestabelecida (deformação elástica),<br />

permanecendo uma deformação residual recuperável. Ao submeter à amostra<br />

a um aquecimento acima de AF permite-se recuperar completamente sua<br />

deformação ou forma original. Caso essa deformação seja bloqueada forças de<br />

restituição podem ser geradas (Lagoudas, 2008). O EMFS está representado<br />

graficamente em uma curva (tensão-deformação) da Figura 11.<br />

ISBN 978-85-463-0222-2<br />

SUMÁRIO

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