Ebook Simoes JB LMF
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J a c k s o n d e B r i t o S i m õ e s | 198<br />
base de óxidos que podem se combinar com o Ni e o Ti podendo formar, por<br />
exemplo, o Ti4Ni2O, responsável por deixar a matriz mais rica em níquel.<br />
Ao observar os teores de C, N e O presentes nos materiais de partida<br />
(Ni e Ti) utilizados nesse trabalho para fabricação de uma <strong>LMF</strong> Ni-Ti<br />
equiatômica (50% Ni + 50% Ti, % em massa) por exemplo, percebe-se que<br />
quando somado os níveis máximos de C e N presentes nos dois elementos,<br />
tem-se que os níveis estariam dentro dos limites aceitáveis (~500ppm) para a<br />
produção de um material biocompatível, diferentemente dos teores de O, que já<br />
é superado com o material de partida utilizado (Ver Tab. 11 e 12). Desta forma,<br />
ao analisar os níveis de C, N e O (pós fundição) presentes nas <strong>LMF</strong> Ni-Ti<br />
reprocessadas por PSPP e FIC em molde sólido, percebe-se as<br />
potencialidades para propriedades biocompatíveis que podem estar presentes<br />
nos componentes miniaturizados de <strong>LMF</strong> Ni-Ti produzidos. Os níveis médios<br />
de C presentes nos fundidos obtidos para os processos PSPP e FIC atingiram<br />
valores máximos de 140 ppm. Assim, o material refundido por meio dos<br />
processos de fundição de precisão investigados atende perfeitamente a norma<br />
ASTM F2063/12 que regulamenta os parâmetros materiais para fabricação de<br />
dispositivos e implantes com <strong>LMF</strong> Ni-Ti, limitando em 500 ppm a quantidade de<br />
C.<br />
No processo PSPP, o nível máximo de N presente atingiu 338 ppm,<br />
estando também abaixo do limite máximo, que é 500 ppm, segundo a norma<br />
ASTM F2063/12. Para o processo FIC, o nível de N apenas foi atendido para a<br />
<strong>LMF</strong> 54,7Ni-Ti (Tab.21). Com relação aos teores máximos de O, que também é<br />
limitado a 500 ppm, como era esperado (já que o material de partida não<br />
atende) nenhum dos processos conseguiu entregar o material dentro da norma<br />
com a configuração adotada. Desta forma, apesar do teor de O presente nas<br />
<strong>LMF</strong> superar os 800 ppm em ambos os processos, os tornando impróprios para<br />
aplicações regidas pela norma F2063/12, isso não implicaria que o material não<br />
possa apresentar propriedades biocompatíveis, pois novas configurações<br />
podem ser realizadas de forma a se obter um material que atende a norma.<br />
Esse problema pode ser resolvido, por exemplo, utilizando materiais mais<br />
puros (apenas com a utilização de Ti grau 1 para preparação da <strong>LMF</strong>,<br />
implicaria numa redução direta de 100 ppm nos teores de O).<br />
ISBN 978-85-463-0222-2<br />
SUMÁRIO