Ebook Simoes JB LMF
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Fabricação de Componentes Miniaturizados de Ligas com Memória de Forma NI-Ti Usando Fundição de Precisão | 41<br />
dois procedimentos de caracterização térmica: a calorimetria exploratória<br />
diferencial (DSC), e a variação de resistência elétrica em função da<br />
temperatura (RET) (Otsuka e Wayman, 1998).<br />
A caracterização via DSC é uma técnica de análise térmica que pode<br />
ser usada para determinar as temperaturas de mudança de fase, o calor latente<br />
devido à transformação, e o calor específico de diferentes fases de um<br />
material, com a vantagem de exigir apenas uma pequena quantidade de<br />
material (de 5 a 200 mg). O princípio básico dessa técnica é submeter a<br />
amostra, que deve estar livre de tensões externas, a um fluxo de calor de forma<br />
a manter uma taxa de temperatura constante na câmara durante o<br />
resfriamento e aquecimento desta forma, mensurar a energia absorvida<br />
(transformação endotérmica) ou liberada (transformação exotérmica) nesse<br />
processo (Lecce e Concilio, 2014).<br />
A técnica DSC é utilizada para caracterização de vários tipos materiais.<br />
No caso das <strong>LMF</strong>, é possível determinar principalmente as temperaturas de<br />
transformação de fase, as quais definem o início e o fim de formação das fases<br />
nesses metais, bem como a energia de transformação. A Figura 6 apresenta<br />
uma curva DSC típica de uma <strong>LMF</strong>, onde os picos típicos durante resfriamento<br />
e aquecimento característicos revelam a formação e reversão da fase<br />
martensítica. A partir da utilização do método das tangentes definido pelas<br />
normas internacionais da Sociedade Americana para Ensaios de Materiais da<br />
American Society for Testing and Materials ASTM F2004/05, F2005/05 e<br />
F2082/03 é possível obter as temperaturas de início, pico e fim de formação<br />
das da fase martensita (MS, MP e MF) na transformação direta (resfriamento) e<br />
da fase reversa austenita (AS, AP e AF) durante o aquecimento. Quando essas<br />
transformações apresentam picos bem definidos, conforme mostrado na<br />
Fig.6.a, a histerese térmica (Ht) da transformação é definida e pode ser<br />
determinada pela diferença das temperaturas dos picos de transformação (AP-<br />
MP). É importante salientar que a área interna em destaque da transformação<br />
de cada pico representa a quantidade de energia liberada ou absorvida pelo<br />
material para que ocorra a transformação de fase e corresponde a variação da<br />
entalpia de transformação de fase (ΔE). Na Tabela 1 foram apresentadas as<br />
energias médias de transformação de cada fase para algumas <strong>LMF</strong> (Lagoudas,<br />
2008).<br />
ISBN 978-85-463-0222-2<br />
SUMÁRIO