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Ebook Simoes JB LMF

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Fabricação de Componentes Miniaturizados de Ligas com Memória de Forma NI-Ti Usando Fundição de Precisão | 39<br />

cristalograficamente reversível, a martensita reverte-se para a fase-mãe na<br />

orientação original. Com isso, as <strong>LMF</strong> apresentam duas fases cristalográficas<br />

distintas, em uma mesma amostra, dependendo apenas da temperatura em<br />

que se encontram (Otsuka e Wayman, 1998).<br />

As transformações das estruturas cristalinas (austenita-martensita e<br />

martensita-austenita) nas <strong>LMF</strong> não acontecem por difusão de átomos, mas por<br />

deformações cisalhantes na rede cristalina, envolvendo pequenos<br />

deslocamentos atômicos (Funakubo, 1987). Neste caso, a estrutura cúbica de<br />

face centrada (CFC) da austenita transformava-se em regiões em forma de<br />

agulhas ou placas com estrutura tetragonal de corpo centrado (TCC). Portanto,<br />

com uma transformação não difusional a concentração de átomos do soluto<br />

dissolvido na fase martensítica é igual à da fase-mãe que em função do tipo de<br />

metal, liga ou composto que pode promover a fase martensítica como uma<br />

solução sólida substitucional ou intersticial (Otsuka e Ren, 2005).<br />

A fase de alta temperatura, mais quente, foi denominada de austenita<br />

(A) que em <strong>LMF</strong> tem uma estrutura cristalina cúbica de corpo centrado (CCC).<br />

Já a fase de baixa temperatura, mais fria, foi denominada de martensita, e que<br />

por não possuir uma estrutura cúbica, pode apresentar diferentes orientações<br />

(até 24 variantes) originando uma estrutura tetragonal, ortorrômbica ou<br />

monoclínica (Duerig et al., 1999). Ainda, algumas <strong>LMF</strong> podem apresentar uma<br />

fase pré-martensítca ou romboédrica, também conhecida como fase R. A<br />

representação da estrutura cristalina e da microestrutura de cada fase é<br />

apresentada na Figura 5. Diferentemente dos aços, a estrutura martensítica<br />

nas <strong>LMF</strong> é mais dúctil em comparação com a estrutura austenítica (Fremond e<br />

Miyazaki, 1996). O termo martensita para as <strong>LMF</strong> foi atribuído pelos seus<br />

descobridores devido à semelhança com a microestrutura em forma de agulhas<br />

também encontrada nos aços, embora estas microestruturas (aço e <strong>LMF</strong>)<br />

tenham propriedades completamente distintas (Yamauchi et al., 2011).<br />

ISBN 978-85-463-0222-2<br />

SUMÁRIO

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