Ebook Simoes JB LMF
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J a c k s o n d e B r i t o S i m õ e s | 82<br />
exemplo, solenoides elétricos) por novas abordagens. Uma consequência da<br />
integração das <strong>LMF</strong> a estes novos produtos poderia ser a operação econômica<br />
(pois o próprio material pode exercer a função de atuador), eficiente e<br />
inteligente. Ainda, a redução da quantidade de componentes necessários<br />
diminuiria a probabilidade de falhas nos sistemas e levaria a uma significativa<br />
redução de peso (Lagoudas, 2008).<br />
As principais vantagens dos componentes miniaturizados <strong>LMF</strong> de Ni-Ti<br />
são: altas forças de atuação e grandes deslocamentos de recuperação,<br />
produção de um alto trabalho por unidade de volume, atuadores compactos e<br />
eficientes, sensoriais intrínsecos (no caso de acionamento térmico), alta<br />
absorção de energia e grande capacidade de amortecimento, não magnéticos,<br />
resistentes à corrosão e biocompatíveis, com operação silenciosa, de baixa<br />
energia para acionamento, possibilidade de formas e mecanismos variáveis,<br />
sistema com reduzido grau de complexidade e baixa probabilidade de falha<br />
(Lecce e Concilio, 2014).<br />
Frequentemente os trabalhos encontrados na literatura que diz respeito<br />
à utilização de componentes miniaturizados <strong>LMF</strong> de Ni-Ti a partir de fios<br />
concentrando seus estudos na geração de forças e deslocamentos (Oliveira et<br />
al., 2012). Recentemente Bundhoo et al. (2009) e Silva (2011), estudaram o<br />
desenvolvimento de prótese dos membros superiores utilizando atuadores <strong>LMF</strong><br />
em forma de fios para acionar (reproduzir) os movimentos da mão humana<br />
(Figura 35). Os resultados são interessantes, visto que a redução de peso e a<br />
eliminação do ruído são muito importantes no processo de adaptação da<br />
prótese ao paciente (Silva et al., 2013). Normalmente os protótipos de mãos<br />
artificiais são passivos e os fabricados para serem ativos usam motores<br />
elétricos ou mecanismos pneumáticos, que os tornam pesados e barulhentos<br />
que incomoda a adaptação da prótese ao cotidiano do paciente (Bundhoo et<br />
al., 2009).<br />
Na indústria automobilística, a utilização de fios de <strong>LMF</strong> para<br />
acionamento de retrovisores automotivos (Figura 36) já é uma realidade<br />
(Williams et al., 2010). Recentemente Oliveira (2008) apresentaram um novo<br />
conceito de fio de freno (do inglês, “lockwire”), muito comum nas indústrias de<br />
aviação e automobilística como uma precaução extra para prevenir possíveis<br />
afrouxamentos (devido a vibrações, campo térmicos ou outras forças externas)<br />
ISBN 978-85-463-0222-2<br />
SUMÁRIO