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mercado<br />
que consi<strong>de</strong>ram a performance financeira.<br />
Curiosamente, eles indicam que lucro<br />
e causas po<strong>de</strong>m caminhar juntos, já que<br />
53% dos CEOs disseram que os esforços<br />
para causar impacto social pela empresa<br />
resultaram em novas fontes <strong>de</strong> receitas.<br />
Outras personas da Deloitte são o “Data-driven<br />
Decisive”, o “Disruption Driver”<br />
e o “Talent Champion”. O primeiro<br />
é quem consegue obter métodos focados<br />
em dados para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, passando<br />
por cima <strong>de</strong> silos organizacionais<br />
que costumam atrasar as ações. Esse perfil<br />
é o mais confiante sobre sua capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> estar preparado para o futuro.<br />
Os “Disruption Drivers” enten<strong>de</strong>m que<br />
os investimentos em inovação são fundamentais<br />
para o crescimento da empresa.<br />
Decisões inteligentes sobre novas tecnologias<br />
ajudam a criar novas linhas <strong>de</strong> negócios,<br />
por exemplo.<br />
Por fim, os “Talent Champions” sabem<br />
exatamente as novas habilida<strong>de</strong>s que suas<br />
empresas precisam para compor uma força<br />
<strong>de</strong> trabalho, além <strong>de</strong> possuírem a capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> preparar esses novos talentos.<br />
“Lí<strong>de</strong>res que se encaixem nesses quatro<br />
perfis estão atingindo maior crescimento<br />
nas receitas <strong>de</strong> suas empresas”, afirma<br />
Renjen.<br />
A quarta revolução industrial vai trazer<br />
também oportunida<strong>de</strong>s econômicas<br />
para as empresas que souberem lidar com<br />
questões que preocupam cada dia mais a<br />
população, como privacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dados,<br />
<strong>de</strong>gradação do meio ambiente, concentração<br />
<strong>de</strong> mercados e corrupção endêmica.<br />
Esse foi o tom <strong>de</strong> um bate-papo entre<br />
Bill McDermott, CEO da SAP; Hiroaki<br />
Nakanishi, CEO da Hitachi; Ginni Rometty,<br />
CEO da IBM; e David Taylor, CEO<br />
da P&G, que traçou um panorama entre<br />
as tecnologias e a vida humana. “Há um<br />
gran<strong>de</strong> problema <strong>de</strong> inclusão, já que a inovação<br />
tecnológica po<strong>de</strong> suplantar as habilida<strong>de</strong>s<br />
humanas. Diante <strong>de</strong> uma crise<br />
nessas habilida<strong>de</strong>s, eu realmente acredito<br />
que 100% dos empregos serão diferentes<br />
no futuro”, alertou Ginni.<br />
McDermott aponta que as empresas<br />
têm o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> construir soluções para a<br />
socieda<strong>de</strong> lidar com essas dificulda<strong>de</strong>s,<br />
enquanto Rometty analisou que <strong>de</strong>ve<br />
ser <strong>de</strong>senvolvido um novo mo<strong>de</strong>lo para<br />
a educação e a carreira profissional, sem<br />
tanta discrepância entre trabalho manual<br />
e intelectual, por exemplo. Nesse sentido,<br />
ficará mais necessária a busca por talentos<br />
on<strong>de</strong> quer que eles estejam no mundo. Assim,<br />
a tendência é que haja mais migração<br />
por conta <strong>de</strong> qualificação profissional.<br />
Punit Renjen, da Deloitte: “Lí<strong>de</strong>res parecem mais realistas”<br />
“Há um gran<strong>de</strong> problema<br />
<strong>de</strong> inclusão, já que a<br />
inovação tecnológica<br />
po<strong>de</strong> suplantar as<br />
Habilida<strong>de</strong>s Humanas”<br />
nário, contra apenas 5% que esperavam<br />
um <strong>de</strong>clínio. Neste ano, uma queda na<br />
economia é esperada por 29% dos entrevistados,<br />
enquanto 42% esperam melhora.<br />
Entre executivos da América Latina,<br />
o número dos que esperam uma melhora<br />
do cenário é <strong>de</strong> 45%, contra 65% no ano<br />
passado. São 23% os que esperam piora,<br />
contra 5% no ano passado. Temas como a<br />
ascensão <strong>de</strong> políticos populistas com influência<br />
maior nas políticas econômicas<br />
dos países ajudam a criar a percepção negativa,<br />
segundo a PwC. Também há queda<br />
na confiança em cima das estruturas <strong>de</strong><br />
governança globais para auxiliar os países<br />
a discutir questões como comércio, mudanças<br />
cimáticas e proliferação nuclear. A<br />
consequência é que há um número crescente<br />
<strong>de</strong> países adotando uma posição <strong>de</strong><br />
Bob Moritz, da PwC: “Lí<strong>de</strong>res não po<strong>de</strong>m esperar”<br />
ceos pessimistas<br />
Outro estudo apresentado em Davos, da<br />
PwC, mostrou a temperatura das expectativas<br />
dos CEOs para o cenário global da<br />
economia no ano <strong>de</strong> <strong>2019</strong>. Em geral, eles<br />
estão mais pessimistas, após um ano <strong>de</strong><br />
pico <strong>de</strong> otimismo em 2018, quando 57%<br />
dos CEOs indicavam uma melhora <strong>de</strong> ceunilateralismo<br />
em cima <strong>de</strong>sses temas, em<br />
uma clara retração da globalização.<br />
O estudo da PwC indicou ainda que os<br />
investimentos no exterior pelos CEOs ten<strong>de</strong><br />
a se tornar mais disseminado por quantida<strong>de</strong><br />
maior <strong>de</strong> países. Questionados<br />
sobre os cinco países que seriam <strong>de</strong>stino<br />
dos investimentos, no ano passado, 46%<br />
apontaram os Estados Unidos, contra 27%<br />
neste ano.<br />
A China era meta dos investimentos <strong>de</strong><br />
33% no ano passado, e agora são apenas<br />
24%. Também apontou a PwC que 49%<br />
dos CEOs concordam que a inteligência<br />
artificial vai mais acabar com empregos<br />
do que criar novos, contra 41% que pensam<br />
o oposto. E 62% indicaram que está<br />
mais difícil contratar talentos em seu<br />
mercado, um índice que era <strong>de</strong> apenas<br />
43% em 2012. Outros 7% dizem ser mais<br />
fácil do que antes.<br />
Os números da PwC indicam que, <strong>de</strong><br />
fato, há um pessimismo sobre o impacto<br />
da quarta revolução industrial nos empregos<br />
no futuro, mas que há soluções para o<br />
problema, e ele está nas mãos das próprias<br />
empresas. “Há uma sensação geral <strong>de</strong> que<br />
ninguém <strong>de</strong> fora, seja governo ou sistema<br />
educacional, vai resolver o problema da<br />
qualificação das pessoas. Por isso, os lí<strong>de</strong>res<br />
não po<strong>de</strong>m esperar e têm <strong>de</strong> resolver<br />
o problema por si, diz Bob Moritz, global<br />
chairman da PwC.<br />
Um dos dados da consultoria mostra<br />
que, para resolver um problema <strong>de</strong> talento<br />
que não existe na empresa, 46% acham<br />
que a melhor forma é oferecer treinamento<br />
interno, contra 16% que vão buscar nomes<br />
em outras indústrias, e 14% que farão contratações<br />
<strong>de</strong> funcionários <strong>de</strong> concorrentes.<br />
14 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2019</strong> - jornal propmark