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edição de 28 de janeiro de 2019

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mercado<br />

que consi<strong>de</strong>ram a performance financeira.<br />

Curiosamente, eles indicam que lucro<br />

e causas po<strong>de</strong>m caminhar juntos, já que<br />

53% dos CEOs disseram que os esforços<br />

para causar impacto social pela empresa<br />

resultaram em novas fontes <strong>de</strong> receitas.<br />

Outras personas da Deloitte são o “Data-driven<br />

Decisive”, o “Disruption Driver”<br />

e o “Talent Champion”. O primeiro<br />

é quem consegue obter métodos focados<br />

em dados para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, passando<br />

por cima <strong>de</strong> silos organizacionais<br />

que costumam atrasar as ações. Esse perfil<br />

é o mais confiante sobre sua capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> estar preparado para o futuro.<br />

Os “Disruption Drivers” enten<strong>de</strong>m que<br />

os investimentos em inovação são fundamentais<br />

para o crescimento da empresa.<br />

Decisões inteligentes sobre novas tecnologias<br />

ajudam a criar novas linhas <strong>de</strong> negócios,<br />

por exemplo.<br />

Por fim, os “Talent Champions” sabem<br />

exatamente as novas habilida<strong>de</strong>s que suas<br />

empresas precisam para compor uma força<br />

<strong>de</strong> trabalho, além <strong>de</strong> possuírem a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> preparar esses novos talentos.<br />

“Lí<strong>de</strong>res que se encaixem nesses quatro<br />

perfis estão atingindo maior crescimento<br />

nas receitas <strong>de</strong> suas empresas”, afirma<br />

Renjen.<br />

A quarta revolução industrial vai trazer<br />

também oportunida<strong>de</strong>s econômicas<br />

para as empresas que souberem lidar com<br />

questões que preocupam cada dia mais a<br />

população, como privacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dados,<br />

<strong>de</strong>gradação do meio ambiente, concentração<br />

<strong>de</strong> mercados e corrupção endêmica.<br />

Esse foi o tom <strong>de</strong> um bate-papo entre<br />

Bill McDermott, CEO da SAP; Hiroaki<br />

Nakanishi, CEO da Hitachi; Ginni Rometty,<br />

CEO da IBM; e David Taylor, CEO<br />

da P&G, que traçou um panorama entre<br />

as tecnologias e a vida humana. “Há um<br />

gran<strong>de</strong> problema <strong>de</strong> inclusão, já que a inovação<br />

tecnológica po<strong>de</strong> suplantar as habilida<strong>de</strong>s<br />

humanas. Diante <strong>de</strong> uma crise<br />

nessas habilida<strong>de</strong>s, eu realmente acredito<br />

que 100% dos empregos serão diferentes<br />

no futuro”, alertou Ginni.<br />

McDermott aponta que as empresas<br />

têm o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> construir soluções para a<br />

socieda<strong>de</strong> lidar com essas dificulda<strong>de</strong>s,<br />

enquanto Rometty analisou que <strong>de</strong>ve<br />

ser <strong>de</strong>senvolvido um novo mo<strong>de</strong>lo para<br />

a educação e a carreira profissional, sem<br />

tanta discrepância entre trabalho manual<br />

e intelectual, por exemplo. Nesse sentido,<br />

ficará mais necessária a busca por talentos<br />

on<strong>de</strong> quer que eles estejam no mundo. Assim,<br />

a tendência é que haja mais migração<br />

por conta <strong>de</strong> qualificação profissional.<br />

Punit Renjen, da Deloitte: “Lí<strong>de</strong>res parecem mais realistas”<br />

“Há um gran<strong>de</strong> problema<br />

<strong>de</strong> inclusão, já que a<br />

inovação tecnológica<br />

po<strong>de</strong> suplantar as<br />

Habilida<strong>de</strong>s Humanas”<br />

nário, contra apenas 5% que esperavam<br />

um <strong>de</strong>clínio. Neste ano, uma queda na<br />

economia é esperada por 29% dos entrevistados,<br />

enquanto 42% esperam melhora.<br />

Entre executivos da América Latina,<br />

o número dos que esperam uma melhora<br />

do cenário é <strong>de</strong> 45%, contra 65% no ano<br />

passado. São 23% os que esperam piora,<br />

contra 5% no ano passado. Temas como a<br />

ascensão <strong>de</strong> políticos populistas com influência<br />

maior nas políticas econômicas<br />

dos países ajudam a criar a percepção negativa,<br />

segundo a PwC. Também há queda<br />

na confiança em cima das estruturas <strong>de</strong><br />

governança globais para auxiliar os países<br />

a discutir questões como comércio, mudanças<br />

cimáticas e proliferação nuclear. A<br />

consequência é que há um número crescente<br />

<strong>de</strong> países adotando uma posição <strong>de</strong><br />

Bob Moritz, da PwC: “Lí<strong>de</strong>res não po<strong>de</strong>m esperar”<br />

ceos pessimistas<br />

Outro estudo apresentado em Davos, da<br />

PwC, mostrou a temperatura das expectativas<br />

dos CEOs para o cenário global da<br />

economia no ano <strong>de</strong> <strong>2019</strong>. Em geral, eles<br />

estão mais pessimistas, após um ano <strong>de</strong><br />

pico <strong>de</strong> otimismo em 2018, quando 57%<br />

dos CEOs indicavam uma melhora <strong>de</strong> ceunilateralismo<br />

em cima <strong>de</strong>sses temas, em<br />

uma clara retração da globalização.<br />

O estudo da PwC indicou ainda que os<br />

investimentos no exterior pelos CEOs ten<strong>de</strong><br />

a se tornar mais disseminado por quantida<strong>de</strong><br />

maior <strong>de</strong> países. Questionados<br />

sobre os cinco países que seriam <strong>de</strong>stino<br />

dos investimentos, no ano passado, 46%<br />

apontaram os Estados Unidos, contra 27%<br />

neste ano.<br />

A China era meta dos investimentos <strong>de</strong><br />

33% no ano passado, e agora são apenas<br />

24%. Também apontou a PwC que 49%<br />

dos CEOs concordam que a inteligência<br />

artificial vai mais acabar com empregos<br />

do que criar novos, contra 41% que pensam<br />

o oposto. E 62% indicaram que está<br />

mais difícil contratar talentos em seu<br />

mercado, um índice que era <strong>de</strong> apenas<br />

43% em 2012. Outros 7% dizem ser mais<br />

fácil do que antes.<br />

Os números da PwC indicam que, <strong>de</strong><br />

fato, há um pessimismo sobre o impacto<br />

da quarta revolução industrial nos empregos<br />

no futuro, mas que há soluções para o<br />

problema, e ele está nas mãos das próprias<br />

empresas. “Há uma sensação geral <strong>de</strong> que<br />

ninguém <strong>de</strong> fora, seja governo ou sistema<br />

educacional, vai resolver o problema da<br />

qualificação das pessoas. Por isso, os lí<strong>de</strong>res<br />

não po<strong>de</strong>m esperar e têm <strong>de</strong> resolver<br />

o problema por si, diz Bob Moritz, global<br />

chairman da PwC.<br />

Um dos dados da consultoria mostra<br />

que, para resolver um problema <strong>de</strong> talento<br />

que não existe na empresa, 46% acham<br />

que a melhor forma é oferecer treinamento<br />

interno, contra 16% que vão buscar nomes<br />

em outras indústrias, e 14% que farão contratações<br />

<strong>de</strong> funcionários <strong>de</strong> concorrentes.<br />

14 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2019</strong> - jornal propmark

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