Entrevista Falar da Golegã é falar de José Veiga Maltez. Com ligações familiares ancestrais à terra, é uma figura emblemática da história do município, do qual já foi e voltou a ser autarca. Homem de cavalos, na sua verdadeira essência, no seu seio nasceu, das suas tradições bebeu e é o seu ar que respira. TEXTO ana filipe | fotos BÁRBARA M. DA COSTA/EQUESTREZ Q uinta do Salvador. Este é o cenário desta entrevista, o mesmo que viu o jovem José dar os primeiros passos, as primeiras quedas, as primeiras voltas a cavalo (ou de garrano, como veremos mais à frente). Homem de personalidade e ideais fortes, ao conhecê-lo é impossível ficar-lhe indiferente. Talvez por consequência do seu carácter, é também um homem de paixões. O cavalo está no topo delas e associado a quase todos os cargos que ocupa. Mas como um diamante, também Veiga Maltez tem muitas faces, algumas talvez não tão conhecidas do público em geral, habituado a vê-lo durante a Feira da Golegã a distribuir sorrisos e acenos. Casado, pai de dois filhos e já avô, a <strong>EQUITAÇÃO</strong> conversou com José Tavares Veiga Silva Maltez, numa entrevista intimista, onde é abordado o passado, presente e futuro. <strong>EQUITAÇÃO</strong> - É Presidente da Câmara Municipal da Golegã, da Feira Nacional do Cavalo (por inerência de cargo), da Associação Portuguesa de Criadores de Raças Selectas (APCRS) e da Associação Nacional de Turismo Equestre, sendo que também desempenhou funções de Assistente da Cadeira de Geriatria da Faculdade de Medicina de Lisboa. Este é José Veiga Maltez, a figura pública. Mas quem é José Veiga Maltez, o Homem? JOSÉ VEIGA MALTEZ - Como qualquer Homem, é fruto das circunstâncias e de ser o que os outros o deixam ser! Não é Político, mas sim, Médico-Autarca e que prefere que sejam os outros a defini-lo, do que falar de si próprio, já que não tem falsa humildade, nem falsa modéstia, quando os lê ou os ouve! Nasceu entre os cavalos, no seio de uma família de grande tradição equestre e de uma Coudelaria ancestral. Ainda se recorda das primeiras vezes que montou e do que este animal lhe transmitia? Recordo-me muito bem! Num garrano, que tinha o nome de “Garoto”, o qual comecei a montar com 3 ou 4 anos, tendo essa vivência me mostrado que, para uma criança, será sempre melhor um cavalo velho ou de confiança, do que um pónei ou um garrano. Mais tarde, com 10 anos foi-me “atri- <strong>EQUITAÇÃO</strong> 12 MAGAZINE
O Homem, a Obra e a sua Terra José Veiga Maltez, o Médico-Autarca <strong>EQUITAÇÃO</strong> 13 MAGAZINE