EQUITAÇÃO 143
Revista Equitação - toda a informação sobre mundo equestre
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Fo t o : Nu n o Pr a g a n a<br />
REPORTAGEM<br />
K. Libra da Gandarinha,<br />
Campeã Nacional<br />
do Critério de Cavalos<br />
Novos de 4 anos em<br />
2019, montada por<br />
António Vozone<br />
Marina e António Frutuoso<br />
de Melo têm aproveitado<br />
os últimos meses para<br />
dar continuidade ao trabalho<br />
diário dos cavalos<br />
A união faz a força<br />
Montra dos seus exemplares, para muitos criadores de cavalos<br />
de desporto de Saltos de Obstáculos, são os concursos.<br />
Sem provas, não há visibilidade.<br />
A <strong>EQUITAÇÃO</strong> conversou com Dora Silva, criadora e proprietária<br />
da Quinta da Gandarinha, uma coudelaria localizada<br />
em Fermentões (Aveiro), assente na criação de cavalos de<br />
raça KWPN mas que, nos últimos anos, por uma questão estratégica,<br />
“em que almejamos uma participação num futuro<br />
Campeonato do Mundo de Cavalos Novos”, tem registado os<br />
últimos poldros no Portuguese Sport Horse (PSH). A criadora<br />
não tem dúvidas de que “esta pandemia veio afectar de<br />
forma devastadora toda a economia e certamente nada vai<br />
ser como antes. As grandes casas de criação de cavalos têm<br />
feito uma forte aposta nas vendas online e através de leilões,<br />
mas também porque já têm uma imagem bastante consolidada<br />
no mercado a nível internacional, o que não se passa<br />
com os criadores nacionais. Seria o momento certo para os<br />
criadores se unirem e, quem sabe, apostarem numa imagem<br />
mais forte do PSH. É uma ideia…” Uma ideia partilhada por<br />
António Frutuoso de Melo, cavaleiro, também ele criador, em<br />
exclusivo desta raça nacional, que é da opinião de que “seria<br />
muito produtivo os criadores registarem os seus produtos<br />
nesse studbook, até para um maior controlo das éguas mães<br />
e dos garanhões. A notoriedade da criação nacional fora de<br />
Co n f i a n ç a e n t r e<br />
q u e m v e n d e e c o m p r a p a r e c e<br />
s e r a p r i n c i p a l c h a v e<br />
p a r a o sucesso<br />
Portugal deveria ser via PSH e não através de outros studbooks<br />
que acabam por ter os registos nos seus livros mesmo<br />
que sejam criados cá.”<br />
Na Quinta de S. Francisco, casa do Sobreiro Velho Sociedade<br />
Agrícola Lda, a quarentena permitiu que fosse feita uma reorganização<br />
do modelo negócio, clarificadas dúvidas e postas<br />
em prática novas ideias. “Em caso de nova paragem, vejo<br />
com bastante preocupação o facto de a competição ter de<br />
ser novamente suspensa, pois prejudicará não só o negócio<br />
da compra e venda, mas também todo o desenvolvimento<br />
da prática equestre. Há muitos clubes que estão a recuperar<br />
lentamente desta catástrofe e se houver uma nova vaga de<br />
Covid-19 ou outra pandemia qualquer, temo que encerrem”,<br />
comenta António. Juntamente com Marina Frutuoso de<br />
Melo, o casal tem aproveitado para dar continuidade ao trabalho<br />
diário dos cavalos, bem como às tarefas e programação<br />
em relação à criação e não apostado tanto num modelo<br />
de negócio que passe pela exposição mediática dos animais.<br />
Na verdade, uma estratégia não muito diferente da que está<br />
a ser seguida na Gandarinha, como explica Dora Silva: “No<br />
que concerne à comercialização dos nossos cavalos propriamente<br />
dita, não estamos muito preocupados em desenvolver<br />
uma política de «push» sobre o mercado mas sim pelo<br />
estímulo do «pull». Quero com isto dizer que o potencial<br />
cliente deverá estar ciente que quer mesmo um Gandarinha<br />
<strong>EQUITAÇÃO</strong> 52 MAGAZINE