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EQUITAÇÃO 143

Revista Equitação - toda a informação sobre mundo equestre

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Tema de Capa<br />

Quando vai trabalhar cada<br />

um dos seus cavalos, o que é<br />

que procura e como planeia a<br />

sessão de cada um?<br />

Procuro sempre que cada cavalo<br />

consiga trabalhar descontraído,<br />

feliz e motivado. Para<br />

conseguir tudo isto, vou variando<br />

o programa e os lugares<br />

onde os trabalho. Por exemplo,<br />

no dia “A”, faço um passeio,<br />

onde introduzo algum trote e<br />

por vezes um pouco de galope<br />

em terrenos variados, mais duros e menos duros, regulares e<br />

irregulares, com e sem inclinação, etc. No dia “B” posso fazer<br />

um trabalho mais técnico ao nível de dressage no picadeiro<br />

coberto. No dia “C” incluo trabalho aeróbico em diferentes<br />

amplitudes de passada de galope, intensidade e duração na<br />

pista exterior. No dia “D” salto cavalettis e exercícios de varas<br />

no chão, para repetir os gestos que faço em pista. No dia “E”<br />

só trabalho à guia. No dia “F” salto um exercício específico<br />

para trabalhar algum pormenor num determinado cavalo.<br />

No dia “G”, posso soltá-los em liberdade, mesmo os cavalos<br />

das provas grandes, para trotarem e galoparem.<br />

Em época de concurso adapto a programação em função<br />

da carga de esforço que têm tido, das viagens, da próxima<br />

competição, etc.<br />

Procuro trabalhar de uma maneira inteligente. Quero dizer,<br />

olhando e analisando o físico de cada cavalo, estudando as<br />

dificuldades técnicas que o físico e o carácter me causam<br />

para as poder trabalhar, tudo isto levando em conta, a fase<br />

técnica, física, nível de experiência e idade de cada um. Mas<br />

sempre a treinar e a pensar na relação e no impacto que o<br />

treino terá na competição. É<br />

importantíssimo estarem sempre<br />

relacionados.<br />

Qual é para si a importância<br />

do trabalho de varas e treino<br />

no chão?<br />

Este trabalho é cada vez mais<br />

utilizado pelo mundo inteiro<br />

porque permite trabalhar os<br />

cavalos, repetindo os mesmos<br />

gestos que necessitamos em<br />

pista, limando algumas resistências,<br />

mecanizando os bons movimentos para maximizar a<br />

impulsão, activando músculos, melhorando o equilíbrio através<br />

do recuo do seu centro de gravidade, permitindo ao cavalo<br />

utilizar melhor o seu corpo e desempenho, sem o desgastar<br />

fisicamente.<br />

Depois dos resultados (individuais e por equipas) dos últimos<br />

tempos, esperava uma representação nacional diferente<br />

nos Jogos Olímpicos de Tóquio?<br />

Todos tínhamos a ambição e desejo de participar por equipas<br />

nos Jogos de Tóquio, embora estando bem conscientes da<br />

realidade, que seria bastante difícil porque fazemos parte do<br />

continente mais competitivo e com mais países a disputar<br />

essas possíveis vagas. A Luciana Diniz conseguiu com mérito,<br />

dedicação e sucesso a vaga individual. Estou convicto que vamos<br />

estar bem representados individualmente.<br />

Nos Jogos do Mediterrâneo, em 2018, foi quase como se<br />

todas as estrelas se alinhassem, o que culminou na medalha<br />

de ouro por equipas para Portugal. Na sua opinião po-<br />

<strong>EQUITAÇÃO</strong> 36 MAGAZINE

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