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EQUITAÇÃO 143

Revista Equitação - toda a informação sobre mundo equestre

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Às portas de Évora, é entre o Convento da Cartuxa<br />

e o Convento de S. Bento de Castris, com o Aqueduto das Águas de Prata<br />

bem perto, que encontramos a Coudelaria Cunha e Costa, um projecto familiar<br />

dedicado à criação de cavalos Puro Sangue Lusitano (PSL).<br />

TEXTO Ana Filipe | FOTOS Inês Parente<br />

À<br />

nossa espera estão Rui, Cristina, os filhos Pedro,<br />

Inês e Catarina (e alguns companheiros de quatro<br />

patas). Num cenário com tanta riqueza histórica e<br />

beleza natural, os tons de azul e branco que pintam<br />

a casa não nos deixam esquecer que estamos em pleno<br />

Alentejo, onde os campos e o clima se têm mostrado ideais<br />

para o crescimento do efectivo desta Coudelaria, que conta<br />

com pouco mais de uma década de existência. Durante a semana<br />

em Lisboa, devido à actividade profissional, é aqui que<br />

o criador se refugia, sempre que pode, na companhia da mulher<br />

e dos três filhos que, tal como o patriarca, partilham o gosto<br />

pelos cavalos e pela vida de campo. O ferro da coudelaria,<br />

por exemplo, foi desenhado por Inês. “Temos paixão pelo que<br />

fazemos e vivemos intensamente os nascimentos e o desenvolvimento<br />

destes animais. Os meus pais também gostam e<br />

ajudam. Sem paixão nada gira e depois é o trabalho árduo. Já<br />

diz o ditado: «Alcança quem não cansa»”, comenta Rui Esteves<br />

da Costa.<br />

A Coudelaria Cunha e Costa nasceu do sonho do casal, ambos<br />

com ligações familiares ao meio rural e agrícola, ele na<br />

Beira Baixa e ela no Algarve. O projecto foi criado em 2007,<br />

“numa pequena Quinta em Alenquer comprada ao Alfredo<br />

Coelho (um estudioso do cavalo lusitano e que escreveu vários<br />

artigos sobre o assunto). Em 2013 vendemos essa Quinta<br />

e estabelecemos o sonho no Alentejo. Escolhemos a vetusta<br />

cidade de Évora. Bem situada entre Lisboa e Espanha, com<br />

excelentes vias de comunicação. De uma centenária Quinta<br />

em ruínas, erguemos a Quinta Flor do Convento”, explica Rui. A<br />

localização não deixa dúvidas sobre a escolha do nome da<br />

casa que tem visto crescer esta coudelaria, cujas primeiras<br />

éguas foram adquiridas à Dressage Plus, “descendentes do<br />

Peralta e do Vulcão dos Pinhais. Animais de estrutura e dimensão<br />

que resultavam de uma selecção desportiva feita por<br />

um criador brasileiro.” Desse primeiro núcleo restou apenas<br />

Formosa do Convento: “a primeira reprodutora que correspondia<br />

aos nossos objectivos de criação.” Todas as outras foram<br />

vendidas, pois Rui “não estava satisfeito com o rumo que<br />

tinha traçado” e, por isso, socorreu-se dos conselhos de “três<br />

pessoas que respeito neste meio: Diogo Lima Mayer, Luís Pidwell<br />

e Francisco Cancella de Abreu. A opinião foi unânime:<br />

vender os animais e fixar-me em duas poldras filhas do Ciclone<br />

e da Formosa do Convento de nome Luz do Convento e<br />

Musa do Convento. A primeira ainda levei à Expoégua aos 3<br />

anos e ficou em 3.º lugar. Mais tarde comprei duas éguas ao<br />

Luís Silva, da Herdade das Silveiras, a Cigana e a Uva do ferro<br />

Miguel Cintra; duas éguas pretas com estrutura, tamanho, excelentes<br />

andamentos e pontuadas com 77 pts. Com os meus<br />

produtos e com estas aquisições fizemos uma base de crescimento<br />

com qualidade.” Fruto do contributo do garanhão<br />

Guardião do Penedo (ferro Resina Antunes) “os produtos saí-<br />

<strong>EQUITAÇÃO</strong> 21 MAGAZINE

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