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AdventO
Dia 0
convida a frequentar caminhos de justiça. Ele nada vem exigir, mas dar. Acolher não
significa preparar um espetáculo colossal em sua honra, mas nos apresentarmos com a
nossa pobreza que é, essencialmente, a disponibilidade para receber. Quanto à segunda
vinda, temos a curiosidade de saber “quando” ou, pelo menos, se seremos agraciados
com um sinal: “Dize-nos, por que sinal se saberá que tudo isso se vai realizar?” (Mc 13,
4). A indagação assume, então, a dimensão da esperança. Este Deus que pode chegar
à tarde, à meia-noite, de madrugada ou ao amanhecer, não pode ser anunciado por um
sinal de alarme. Este Deus deve ser esperado com as portas abertas, de par em par; com
os olhos liberados da fadiga e com o coração curado da dureza. Hoje, uma terceira vinda
se faz presente: a dos cristãos marcados pela novidade, pois a manifestação de um cristianismo
irrelevante, banalmente repetitivo, politicamente queixoso dos males do mundo,
não interessa a ninguém. Somos chamados a ser cristãos que surpreendem e que
despertam os sonhos e desejos dos que dormem na passividade. Este é o momento, aqui
e agora, para sairmos fora, na noite, e anunciarmos um cristianismo embalado numa
canção de amor e fraternidade que “faça acordar os homens e adormecer as crianças”.
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Grupo Marista 29