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não abranger ciganos que não beneficiem de apoios sociais ou não residam em habitação<br />

camarária ou social. Assim e em virtude de vários fatores, o número que se apresenta é, com<br />

certeza, uma subestimação em relação ao número de pessoas ciganas residentes no território<br />

nacional.<br />

A elevada taxa de não resposta é claramente a maior limitação deste tipo de abordagem,<br />

a experiência de estudos anteriores atesta este facto, o já aludido e promovido pelo<br />

SOS Racismo (2009) 42 . A combinação entre baixas taxas de resposta em alguns estudos e<br />

o facto de haver trabalhos similares que recorreram a fontes distintas fazem com que seja<br />

difícil uma análise longitudinal das estimativas da população cigana.<br />

No estudo já aludido e publicado em 2001, foram recenseados pelo SOS Racismo<br />

um total de 13.514 ciganos em 139 municípios (2001) Nesta pesquisa foram recobertos 216<br />

municípios, tendo-se apurado um total de 21 831 pessoas ciganas. Já em 2005, um questionário<br />

da mesma natureza obteve uma taxa de resposta de 65,5% e um quantitativo total<br />

de 19.747 (Duarte, Castro, Afonso, Salgueiro, & Antunes, 2005). Posteriormente, uma nova<br />

tentativa de recenseamento foi efetuada junto de postos da Guarda Nacional Republicana<br />

(Castro, 2006), tendo sido rececionados 382 inquéritos o que equivale a uma taxa de 77% ,<br />

sendo estes dados um complemento ao questionário às câmaras municipais. Com a combinação<br />

de ambos os questionários foi apurado um total de 33.940 ciganos (Castro, 2007).<br />

Segundo Castro (2004: 56) a taxa de resposta foi de 55%, tendo a autora recorrido aos dados<br />

do SOS Racismo para colmatar a não resposta por parte de 44 concelhos, o que permitiu<br />

sobredimensionar a amostra para 182 concelhos do continente (taxa de cobertura de 65,5%<br />

do território continental), apesar de se tratar de estudos diferentes e levados a efeito em<br />

temporalidades também distintas. Existem ainda outras estimativas, mas recorrendo a metodologias<br />

distintas das utilizadas aqui e descritas em outras partes do presente documento.<br />

No caso do presente estudo foram obtidas respostas por parte de 150 municípios<br />

o que perfaz uma taxa de resposta de 54%. Das 149 respostas obtidas 36 foram respostas a<br />

indicar a não existência de ciganos nesse concelho, o que representa 13% dos municípios<br />

continentais e 32% das respostas obtidas 43 .<br />

42 Segundo o blog do SOS Racismo de 2009, uma primeira versão do seu estudo às Câmaras Municipais obteve respostas por parte de 9 municípios.<br />

43 Em contraponto a estudos anteriores, saliente-se que que no estudo CET (2005), apenas 30 municípios referem não existir ciganos Castro (2004: 58).<br />

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Estudo NacioNal sobrE as comuNidadEs cigaNas

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