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(…) eles gostam muito. (…) Os homens não gostam muito de falar, nem de se<br />

envolver, [de] participarem. O papel dos homens acho que é um papel muito<br />

mais controlador. Mas muito mais distante. (…) Eles adoram fotografia! Adoram!<br />

Adoram deixarem-se fotografar. Eu recolhi muitas fotos ao longo desse<br />

tempo todo. (…) E eu fiz uma exposição de fotografias, ampliei as fotografias,<br />

montei um espaço muito giro. E elas envolveram-se muito e vieram e organizaram…<br />

Disse assim: «Então, eu monto o espaço mas vocês trazem o lanche<br />

para partilhar e tudo». E vieram e fizeram e montaram a mesa, desmontaram,<br />

limparam tudo depois. E eles tiveram muito… entravam, saíam. Um ou outro<br />

vinham e tocavam alguns instrumentos e tal. Custou para que eles assumissem<br />

que aquele espaço era deles. Mas elas já estavam donas daquilo! No Dia das<br />

Mães também as convidámos, que elas viessem! E vieram e fizeram colares, e<br />

pintaram as unhas com os seus filhos e junto com os outros também, não ciganos.<br />

E vinha outro e entrava, para ver o que é que elas estavam a fazer, controlando,<br />

até vendo se há outros homens no espaço. Pronto… já não gostam muito.<br />

Mas como era uma festa só de mulheres, olhavam… Os outros homens não<br />

podiam estar aí também saíam. Mas os rapazes que eram maridos das mais<br />

novas entram e ficam (Responsável de Instituição, 45-49 anos).<br />

Também nos procuram só porque sim, só porque vêm cá e sentam-se e conversam<br />

e isto acontece muito também (…) três ciganas tiveram bebés, vêm mostrar<br />

os bebés e ficam aí à conversa do «ah…» portanto aquela conversa, aquela<br />

conversa banal, jogar conversa fora, também nos procuram muito nesse sentido<br />

e depois nas festas, que nós tentamos fazer festas regularmente, é mútuo.<br />

Nós procurámos, eu acho que nem, nem há necessidade de… se calhar dizemos<br />

mais aos pequenitos que vêm cá todos os dias e depois são envolvidos nestas<br />

atividades e dizemos «olha não te esqueças de avisar o teu pai a tua avó, não<br />

sei quê, para vir à festa no dia tal» e então depois lá vêm pronto. É mais assim!<br />

(Técnica de Projeto, 30-34 anos).<br />

Também no projeto eu tenho atividades dirigidas só para a comunidade cigana.<br />

Por exemplo a construção das caixas carrot, tenho a carpintaria também…<br />

que não é só para a comunidade cigana, também eles participam muito. A comunidade<br />

cigana gosta muito de carpintaria. Temos expressão plástica, temos<br />

o apoio ao estudo… (Presidente da Associação/Técnico no Projeto Escolhas,<br />

30-34 anos).<br />

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Estudo NacioNal sobrE as comuNidadEs cigaNas

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