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seja classificado como sendo do séc. XV. Se essa datação procede, a versão francesa<br />

seria necessariamente posterior ao séc. XIV.<br />

Quanto à morfologia da letra, Steffens afirma que no decorrer dos séculos XIV e<br />

XV a escrita torna difícil a distinção das letras c, e e t; v e u; b e v, esse aspecto é<br />

fortemente observado em nosso corpus. Observamos também uma quantidade numerosa<br />

de abreviaturas, menos comum nos textos dos primeiros séculos de escrita Gótica.<br />

Mesmo que o texto venha a ser classificado como sendo do século XV, ainda assim<br />

estaria tranquilamente dentro do período Gótico segundo a classificação de Galende. Ao<br />

comparar visualmente a escrita do Livre d’Isaac com outras escritas Góticas retratadas<br />

no livro de Derolez (2003) 69 , notamos que ela se aproxima principalmente dos textos<br />

dos anos de 1432, 1434 e 1465, considerados pelo autor como exemplos da escrita<br />

“Gothic-Antiqua” por vezes próxima, por vezes distante da escrita Humanística. De<br />

acordo com nossa observação e nossa pesquisa, não arriscaríamos a precisar uma data<br />

para nosso corpus, mas consideramos que ele estaria, pelo menos, bem próximo da<br />

primeira metade do século XV. Passaremos, nesse momento, à análise mais detalhada<br />

dos aspectos paleográficos do Livre d’Isaac.<br />

2.2.2.4.2 – ASPECTOS PALEOGRÁFICOS<br />

2.2.2.4.2.1 – GRAFEMAS<br />

No que concerne aos grafemas, observamos que no Livre d’Isaac ocorre o sistema<br />

tetralinear nas letras minúsculas e trilinear nas maiúsculas. Encontramos letras com<br />

haste , e com cauda , dois tipos de (longo em posição inicial e<br />

medial e curto em posição final 70 ) e dois tipos de - o segundo tipo aparece sempre<br />

antecedido por compondo uma ligadura: (345r-07-40/41) 71 . Encontramos<br />

apenas um caso recorrente de nexo: (308r-05-30/31). Outros aparecem raramente:<br />

(311v-07-20/21); (345v-36-39/40).<br />

De acordo com Steffens (1910, p. xxii), a gótica minúscula é caracterizada por<br />

numerosas ligaduras, o que comprovamos em nosso texto. Existem as seguintes<br />

69<br />

Derolez (2003) apresenta como apêndice de seu livro um conjunto de fac-símiles com o objetivo de<br />

retratar as escritas classificadas por ele.<br />

70<br />

Com raríssimas exceções pode ocorrer inversão de posição.<br />

71<br />

A partir desse ponto, entre parênteses, apresentaremos um exemplo da característica analisada, a<br />

numeração é referente a fólio, linha e número de ocorrência do(s) carater(es) que exemplificam a<br />

forma.<br />

52

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