Due opposte collezioni di apoftegmi: la Floresta Española di ...

158 Massimo Bergonzini
opera, Luz e Calor, in cui si propone di «comunicar ao entendimento luz de muitas
verdades importantes por meyo de doutrinas, sentenças, e industrias espiritaes», al
tempo stesso cercando di «communicar à vontade calor do amor de Deos por meyo
de exhortaçõens, exemplos, meditaçõens, colloquios, e jaculatorias» 146 . Secondo
l’insegnamento di S. Agostino, l’anima umana è infatti in relazione con un Dio
uno e trino: unica è la sua sostanza, ma tre sono le potenzialità coinvolte: «pela
participação delas se aperfeiçoa na alma a imagem [memória] da beatissima Trindade,
enquanto entendendo [intendimento] produz também o seu Verbo criado e
querendo [vontade] produz o seu amor» 147 . Anche frei Francisco de Santa Maria
non dimentica di elogiare la Nova Floresta in riferimento alle tre caratteristiche
potenzialità dell’anima umana, mediante le quali l’opera può concretamente realizzare
l’azione finalisticamente salvifica: «ao mesmo passo que enriquece a memoria,
eleva o entendimento e attrahe branda, e suavemente a vontade, levando-a
com doce violencia desde as miserias desta vida, às memorias da eterna : das trevas
do mundo, às luzes do dezengano, e do amor cego das creaturas ao tanto amor,
e temor de Deus» 148 .
Il celebre bibliografo portoghese Innocêncio Francisco da Silva, comparando
un passaggio di João da Fonseca con un frammento del commento bernardesiano
all’ Apotegma Ante-Primeiro, ha criticamente stabilito la relativa somiglianza
della struttura costruttiva delle due Sylvae, giungendo ad affermare: «Creio até
que nesse adjectivo Nova [Bernardes] teve em vista a Sylva Moral, que então já
existia desde alguns anos» 149 . In realtà, esaminando le due opere, ciò che si rivela
comune è la critica, come si è visto non certo peculiare ai due autori, delle conversazioni
oziose e di un certo tipo di letture destinate a sviare gli uomini dall’obiettivo
salvifico. Ribadendo la fiduciosa speranza agostiniana, il gesuita si auspica
l’utilità anche futura della propria realizzazione edificante: «quando não seja este
meu trabalho de frutto aos ociosos, que gastão o tempo, em ler novelas, comedias,
e historias com titulo de se divertirem, e servem de os perverter; servirá para os
que desejam seu aproveitamento, e posto que não tirem logo o frutto, o poderão
146 L’unica opera bernardesiana che privilegia espressamente l’argomentazione induttiva, pur sempre
seguita da riflessioni, è Estímulo prático para seguir o bem e fugir o mal. Exemplos selectos de virtudes
e vícios ilustrados com reflexões, pubblicata nel 1730.
147 (N.F., I, 129).
148 M. BERNARDES, Nova Floresta, ed. cit., ij. L’orazione mentale ordinaria, per i principianti,
utilizza tutte e tre le potenzialità; nei suoi Exercícios Espirituais, Bernardes afferma: «A memoria
recorda as verdades religiosas, o entendimento discorre ou medita sobre elas e a vontade acende afetos
de virtudes, de amor de Deus e propósitos». Sull’importanza dell’orazione mentale, considerata da
Bernardes fondamentale nel cammino della perfezione cristiana segnalo, Ebion de LIMA, O Padre
Manuel Bernardes, ed. cit., 88-106.
149 (N.F., I, XXI-XXII).