Due opposte collezioni di apoftegmi: la Floresta Española di ...
Due opposte collezioni di apoftegmi: la Floresta Española di ...
Due opposte collezioni di apoftegmi: la Floresta Española di ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
162 Massimo Bergonzini<br />
questa conflittuale tendenza stilistico-ideologica inizia il commento all’Apotegma<br />
XLIII, De S. Barlão monge, dove <strong>la</strong> mancanza <strong>di</strong> amore nei confronti <strong>di</strong> Dio da<br />
parte degli uomini viene verificata me<strong>di</strong>ante: «todos estes paradoxos»: anzitutto,<br />
nel mondo «há muitos vivos que já são mortos»; <strong>la</strong> ragione <strong>di</strong> ciò sta nel fatto che<br />
<strong>la</strong> vita dell’anima è data solo dal<strong>la</strong> carità e dal<strong>la</strong> grazia <strong>di</strong>vina, logo, coloro che si<br />
trovano fuori dal<strong>la</strong> grazia <strong>di</strong> Dio «são vivos mortos e almas sem alma. A questi<br />
«se contrapõem os mortos que são vivos, e tais são os Bem-Aventurados na Pátria<br />
e os mortificados neste desterro»; costoro, infatti, «vivem na terra pe<strong>la</strong> imitação<br />
de Cristo, e vivem no Céu pe<strong>la</strong> contemp<strong>la</strong>çao de Deus»; i primi, invece, «vivem<br />
no Céu por gloria e na terra por fama». In secondo luogo, ci sono «muitos velhos<br />
moços, que são os que têm a madureza nos anos e a verdura nos costumes. Etnas<br />
nevados por fora, quanto às cãs, fogosos por dentro, quanto às paixões» […]. Ancora<br />
peggiore il fatto che ci siano anche «velhos meninos, porque nunca se destetam<br />
do amor próprio nem soltam a boca do peito das conso<strong>la</strong>ções terrenas e apegos<br />
aparentes». A tutti questi «se contrapõem os moços velhos e meninos anciãos»,<br />
cioè coloro che il libro del<strong>la</strong> Sapienza <strong>di</strong>ce che «têm as cãs no juízo e a sua vida<br />
imacu<strong>la</strong>da é a sua velhice venerável, e que fizeram caber muito tempo em pouco»<br />
[…]. In terzo luogo, nel mondo ci sono «muitos homens que não são homens»:<br />
questi sono tali principalmente perché non amano Dio e commettono peccati che<br />
nel<strong>la</strong> loro anima «escurecem a semelhança de Deus, sobrepondo-lhe as dos brutos».<br />
Essi non perdono solo moralmente <strong>la</strong> sembianza umana, ma scompaiono<br />
completamente anche come creature: «Que é, logo, o pecador enquanto pecador?<br />
[…] é nada, porque Deus é o ser […]. Todas as coisas fez Deus, nem po<strong>di</strong>am ser<br />
feitas senão por Deus. Só o pecado nem o fez, nem o po<strong>di</strong>a fazer, porque o pecado<br />
é o nada, que nós fizemos sem Deus […] teve [o pecador] princípio de creatura e<br />
depois teve o fim do pecado, que é a condenação eterna: Bonum erat ei (<strong>di</strong>sse o<br />
Senhor, Mat., XXVI, 24), si natus non fuisset homo ille: Melhor fora para ele não<br />
haver nascido». A questi uomini bestiali «se contrapõem outros, que são mais que<br />
homens : não por seu natural esforço, e animosidade, conforme aquilo do nosso<br />
poeta : Em perigos e guerras esforçados / Mais do que se permite à força humana<br />
[…] senão em razão do eminente grau do amor <strong>di</strong>vino a que têm subido, que os<br />
faz semelhantes a anjos e ao mesmo Deus. Semelhantes a anjos? Sim. […] Mas<br />
que muito que o amor de Deus faça dos homens anjos, se faz dos homens deuses ?<br />
[…] se amam a Deus são seus filhos, pois este amor anda com a graça do Espírito<br />
Santo que os perfilha. Sendo, logo, filhos de Deus, e amando a Deus, bem se infere<br />
que são deuses, porque não pode ser filho o que não participa da mesma natureza<br />
do pai, nem pode ser amor o que não faz semelhante ao amado 158 ».<br />
158 (N. F., I, 281-289).