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AZ 192DEC.pdf - Exército Português

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<strong>AZ</strong>IMUTE<br />

100<br />

Para facilitar a perceção dos<br />

treinos por parte dos cicloturístas<br />

menos familiarizados com estes<br />

métodos de treino, vamos dividir<br />

o treino em seis microssessões,<br />

onde será explicado o objetivo de<br />

cada uma, em que dia se adapta<br />

mais a prática da mesma, qual a<br />

duração e intensidade a aplicar e<br />

casos práticos das formas e locais<br />

onde realizar.<br />

antes há que explicar alguns<br />

conceitos importantíssimos como<br />

frequência cardíaca máxima<br />

(FCM) e cadência de pedalada<br />

(RPM). a FCM corresponde ao<br />

número máximo de batimentos<br />

cardíacas atingido durante um<br />

esforço físico máximo. existem<br />

várias fórmulas usadas para calcular<br />

a FCM, uma das quais consiste<br />

em subtrair a idade ao valor<br />

de 220, por exemplo: um atleta<br />

de 33 anos terá uma estimativa<br />

de FCM na ordem das 187 pulsações<br />

por minuto. Obviamente<br />

que este número é uma estimativa<br />

pelo que é pouco exato, porque<br />

a FCM irá divergir consoante<br />

o nível aeróbio do atleta, os hábitos<br />

quotidianos e outros factores<br />

externos influenciadores. Para<br />

quem procura valores com maior<br />

exactidão deverá submeter-se á<br />

um teste de esforço completo.<br />

em relação aos RPM, existem<br />

muitas técnicas de medição do<br />

RPM, mas a mais simples e fiável<br />

é a sua avaliação através de um<br />

ciclocomputador preparado para<br />

tal. Sendo assim, a cadência da<br />

Nº 192 DEC11<br />

pedalada não é mais do que o<br />

número de voltas completas que<br />

a pedaleira dá no espaço de um<br />

minuto.<br />

Lembro que este artigo está<br />

mais vocacionado para o treino<br />

em bicicleta pelas razões anteriormente<br />

explicadas, mas poderá<br />

sem problemas ser adaptado<br />

a outras atividades desportivas<br />

como a corrida, muito em prática<br />

na nossa instituição.<br />

Microrrecuperação:<br />

a microrrecuperação exige<br />

uma ativação prévia do organismo,<br />

em progressão por patamares<br />

de esforço até atingir uma<br />

intensidade média , cerca de 70<br />

% da capacidade<br />

física, neste caso<br />

70% da FCM.<br />

este patamar de<br />

esforço é facilmenteidentificado<br />

através de um<br />

cardiofreqencímetro<br />

ou pela experiência,<br />

quando<br />

já se está familiarizado<br />

com os<br />

nossos limites físicos.<br />

sendo assim a microrrecuperação<br />

consiste em activar o<br />

organismo de uma forma muito<br />

progressiva e linear, sem haver<br />

«choques», com vista à eliminação<br />

de alguns resíduos musculares<br />

e articulares. tem como<br />

objetivos principais o desencadear<br />

a sensação de frescura e de<br />

nos sentirmos “soltos” depois da<br />

sessão. O dia mais propício para<br />

realizar este tipo de treino será<br />

no dia seguinte a uma prova ou<br />

de uma sessão de esforço mais<br />

intenso com amigos . O método<br />

a utilizar será começar devagar ,<br />

com intensidade a rondar os 20%<br />

FCM, aumentando gradualmente<br />

de 2 em 2 minutos até começar<br />

a suar e depois deve-se manter<br />

a intensidade alcançada. Por fim<br />

subir de intensidade até aos 70%<br />

FCM e manter durante o período<br />

de 5 a 10 minutos, dependendo<br />

da carga exercida na véspera. se<br />

treinar na rua, deverá escolher<br />

um itinerário com pouco desnível<br />

que lhe permitirá não oscilar<br />

na sua intensidade de trabalho,<br />

durante um tempo aproximado<br />

de 35 a 55 minutos, dependendo<br />

muito da sua capacidade de<br />

recuperação e mais uma vez da<br />

intensidade do evento do dia anterior.<br />

Caso não tenha disponibilidade<br />

de praticar na rua, poderá<br />

utilizar o rolo, executando os<br />

mesmos procedimentos, num<br />

período de 25 a 30 minutos.<br />

Micropatamar:<br />

este é talvez dos treinos mais<br />

importantes para a evolução<br />

como ciclista. Consiste em aumentar<br />

o limite de trabalho aeróbio,<br />

ou seja a sua capacidade de<br />

suportar uma carga física mais<br />

elevada ao longo de um maior<br />

período de tempo. Na prática é<br />

começarmos a andar á uma velocidade<br />

constante de 33 km/h<br />

num terreno plano, em vez de<br />

30km/h, durante o mesmo período<br />

de tempo. ao aumentarmos<br />

o limite de trabalho aeróbio, aumentamos<br />

também a capacidade<br />

de tirarmos mais rendimento nos

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