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AZ 192DEC.pdf - Exército Português

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<strong>AZ</strong>IMUTE<br />

60<br />

mudança no seio organizacional.<br />

Um exemplo recorrente e cada<br />

vez mais comum é o relativo à carga<br />

psíquica em ambiente de trabalho.<br />

a experiencia diz-nos que<br />

indivíduos com excessiva<br />

carga de responsabilidadedentro<br />

d e<br />

uma<br />

organização,<br />

e na grande<br />

maioria, sem<br />

o devido apoio<br />

de auxiliares e líderes, tendem<br />

a desenvolver problemas do foro<br />

psicológico. Muitas vezes, o próprio<br />

indivíduo consegue controlá-<br />

-los, recorrendo se necessário<br />

a apoio especializado. Mas há<br />

casos extremos em que poderá<br />

recorrer a medidas ou acções<br />

drásticas como homicídios ou<br />

mesmo ao suicídio - temos casos<br />

recentes em Portugal e relativos,<br />

na sua maioria, a forças de<br />

segurança.<br />

a solução passa pelo acompanhamento<br />

psicológico, com o<br />

objetivo de neutralizar e corrigir<br />

desvios comportamentais, com<br />

o objectivo de recuperar o capital<br />

humano e incrementar o nível<br />

de produtividade individual mas,<br />

também, colectivo.<br />

Numa primeira análise o psicólogo<br />

organizacional surge<br />

como o profissional que tem a<br />

função de “ajudar a organização<br />

a pensar” e com isso capacitar o<br />

indivíduo - no seio organizacional<br />

- a lidar com os problemas.<br />

Mas a prática do psicólogo<br />

organizacional deve estar a<br />

montante do problema. Ou seja,<br />

ao nível do recrutamento e da<br />

Nº 192 DEC11<br />

Clima Organizacional<br />

seleção. No recrutamento aplicam-se<br />

um conjunto de técnicas<br />

e procedimentos que visam seleccionar<br />

candidatos potencialmente<br />

qualificados e capazes<br />

de ocupar cargos dentro<br />

da organização.<br />

esta<br />

fun-<br />

ção<br />

é semprerealizada<br />

de acordo com<br />

as necessidades<br />

presentes e futuras de<br />

recursos humanos na organização,<br />

existindo dois tipos de<br />

recrutamento: o recrutamento<br />

interno, que está fundamentado<br />

na movimentação de quadros de<br />

pessoal dentro da própria organização,<br />

e o recrutamento externo,<br />

que ocorre quando não é possível<br />

obter candidatos para suprimir<br />

as vagas existentes. após o<br />

processo de recrutamento, empregando-se<br />

testes, entrevistas<br />

e dinâmicas de grupo, inicia-se o<br />

processo de selecção, que deve<br />

ser adequado aos objectivos da<br />

organização.<br />

Mas o que é afinal o comportamento<br />

organizacional? Como<br />

explica-lo?<br />

Uma das propostas para a explicação,<br />

é o modelo “atracção –<br />

Selecção – Atrito” (ASA), definido<br />

por schneider (1987) e revisto<br />

por schneider, Goldstein & smith<br />

(1995), como um modelo cíclico<br />

segundo o qual as pessoas cujas<br />

características pessoais se assemelhem<br />

às características de<br />

uma determinada organização,<br />

são para ela atraídas, por ela seleccionadas<br />

e nela permanecem.<br />

Por sua vez, as estruturas, os<br />

processos e a cultura organizacional<br />

são o reflexo das características<br />

da personalidade do(s)<br />

fundador(es) da organização e<br />

dos seus principais líderes.<br />

as organizações, na perspectiva<br />

do modelo asa, tendem<br />

ao longo do tempo para uma<br />

maior homogeneidade em relação<br />

ao tipo de pessoas que as<br />

constituem. Na fase inicial da<br />

implementação da empresa no<br />

mercado de trabalho, a homogeneidade<br />

é benéfica na medida<br />

em que facilita a coordenação e a<br />

comunicação, melhorando a socialização<br />

e a interacção. Mas a<br />

homogeneidade poderá ter a longo<br />

prazo consequências negativas<br />

no futuro das empresas. tal<br />

como advoga schneider (1995),<br />

o psicólogo organizacional deverá<br />

na fase inicial seleccionar os<br />

pretendentes que melhor se encaixem<br />

na organização para prevenir<br />

o atrito e assim criar um espírito<br />

mais homogéneo. Contudo,<br />

com o avançar do tempo, deverá<br />

promover a heterogeneidade tendo<br />

em vista o desenvolvimento<br />

da inovação e do espírito crítico,<br />

onde os colaboradores poderão<br />

explanar as suas ideias, mesmo<br />

que divergentes, no sentido<br />

construtivo de novas dinâmicas.<br />

Outra actividade muito solicitada<br />

ao psicólogo organizacional<br />

é o treino de desenvolvimento<br />

pessoal. esta é uma actividade<br />

necessária tanto para novos<br />

funcionários como para os mais<br />

experientes.<br />

avaliar o desempenho dos<br />

colaboradores é também muito<br />

importante. Os dados sobre<br />

o desempenho no trabalho têm<br />

múltiplas aplicações nas organizações<br />

e levará certamente a<br />

um incremento da produtividade.<br />

Mas essa avaliação terá que ser<br />

isenta e rigorosa, pois se assim<br />

não for, poder-se-á tornar num<br />

instrumento perverso.<br />

É importante que ao<br />

colaborador seja reconhecido<br />

o seu papel activo na execução<br />

das suas tarefas, e que possua<br />

liberdade para expor as suas

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