AZ 192DEC.pdf - Exército Português
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<strong>AZ</strong>IMUTE<br />
48<br />
centro de treino extremamente<br />
especializado, realista e funcional,<br />
onde os recursos estão centralizados<br />
e a utilização dos mesmos<br />
é feita por todo o exército,<br />
com base num sistema de rotatividade<br />
de forças. apesar da<br />
conjuntura atual não nos permitir<br />
enveredar por projetos megalómanos,<br />
existem pequenas mudanças<br />
que merecem uma tentativa<br />
de implementação.<br />
Importa desde já refletir sobre<br />
o modo a proporcionar às várias<br />
carreiras de tiro existentes e ativas,<br />
a prática de tiro instintivo<br />
onde os executantes tivessem<br />
de disparar sobre alvos que não<br />
estariam apenas à sua frente<br />
mas também em pisos superiores<br />
e na sua lateral, alvos estes<br />
que deveriam ser móveis, com<br />
movimentos transversais ou<br />
tombantes sendo que alguns devem<br />
representar população civil.<br />
este tipo de alvo não é obrigatório<br />
ser uma máquina extremamente<br />
complexa que registe os<br />
impactos, existem alternativas no<br />
mercado que permitem apenas<br />
o movimento do alvo e que este<br />
seja trocado com facilidade.<br />
No que diz respeito a simuladores<br />
de tiro, pode ser considerado<br />
como opção a aquisição<br />
de sistemas simuladores de tiro<br />
que permitam um maior número<br />
de participantes em simultâneo,<br />
com cenários semelhantes<br />
à realidade, em que é possível<br />
simular o recuo da arma a cada<br />
tiro assim como a necessidade<br />
de troca de carregador. Deverá<br />
ser equacionada a hipótese de<br />
realizar um upgrade ao sistema<br />
sitPUL, através de protocolos<br />
com universidades nacionais,<br />
evitando a fuga de capital para<br />
o estrangeiro e dinamizando o<br />
nosso sector tecnológico. De salientar<br />
que uma das vantagens<br />
do sitPUL era a poupança de<br />
verbas no que dizia respeito ao<br />
consumo de munições em treino<br />
(exército, 1987). Podemos ainda<br />
Nº 192 DEC11<br />
Fig. 3- simulador MiLes Fonte: adaptação da revista Fantassins<br />
ponderar a aquisição de mais armas<br />
de airsoft, de modo a equipar<br />
pelo menos uma companhia<br />
em cada Unidade Operacional,<br />
sendo a sua responsabilidade<br />
da respetiva unidade, permitindo<br />
que as armas fossem utilizadas<br />
sempre que a Unidade treinasse,<br />
independentemente do local.<br />
Os campos de tiro atuais deviam<br />
ser adaptados de modo<br />
a que pudesse ser realizado o<br />
treino de reação a emboscada<br />
a uma coluna de viaturas, onde<br />
houvesse simulação de rebentamentos<br />
de ieDs seguido de ataque<br />
por parte do inimigo 8 .<br />
5. Conclusões.<br />
Verificamos que a evolução<br />
do treino das forças deve acompanhar<br />
a evolução dos conflitos,<br />
adaptando a instrução de tiro e as<br />
suas infraestruturas de uma forma<br />
constante e contínua ao longo<br />
do tempo. Devemos seguir o<br />
exemplo de forças que têm mais<br />
experiência em conflitos atuais e<br />
esforçarmo-nos para adaptar o<br />
conhecimento, adquirido através<br />
das lições aprendidas, à nossa<br />
realidade.<br />
Constata-se com alguma<br />
frustação que em 1987, quando<br />
a tecnologia laser em sistemas<br />
de simulação estava a dar os primeiros<br />
passos e Portugal já se<br />
8 O Campo Militar de santa Margarida<br />
tem potencial para este tipo de treino<br />
utilizando máquinas de alvos portáteis.<br />
encontrava na vanguarda desse<br />
processo, o sistema então criado<br />
não viu crescer os upgrades necessários<br />
para manter essa tecnologia<br />
sempre actual.<br />
Conclui-se que devemos revisitar<br />
e atualizar os livros que<br />
regem a instrução de tiro e suas<br />
infraestruturas adaptando-as à<br />
realidade atual e voltar a utilizar<br />
simuladores de tiro e novos alvos<br />
para melhorar a forma como preparamos<br />
os nossos militares para<br />
intervir num cenário de conflito<br />
azimute atual.<br />
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