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AZ 192DEC.pdf - Exército Português

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<strong>AZ</strong>IMUTE<br />

70<br />

Fibras na proteção pessoal<br />

O espetro das operações militares. A aplicação de fibras em<br />

novas dinâmicas de proteção e sobrevivência<br />

as primeiras palavras deste<br />

trabalho são dirigidas à Reitoria<br />

da Universidade do Minho para<br />

publicamente expressar, em<br />

nome do exército e do Comando<br />

da escola Prática de infantaria,<br />

os profundos e sinceros agradecimentos<br />

pelo convite que nos foi<br />

endereçado e, aproveitando esta<br />

oportunidade, reiterar o apoio da<br />

escola Prática de infantaria à<br />

Universidade do Minho em projetos<br />

de investigação, inovação<br />

e desenvolvimento tecnológico<br />

a desenvolver no futuro contribuindo<br />

assim, ainda que indiretamente,<br />

para o conhecimento<br />

científico e para a excelência e<br />

qualidade da oferta formativa<br />

dessa universidade.<br />

Quando a escola Prática de<br />

infantaria foi convidada a participar<br />

no workshop da Universidade<br />

do Minho para apresentar e fundamentar<br />

a importância do desenvolvimento<br />

dos tecidos naquilo<br />

que são hoje as exigências<br />

das operações militares, quer em<br />

termos das suas tipologias, quer<br />

em termos daquilo que é exigido<br />

a um soldado de infantaria, aceitei<br />

o desafio sabendo que tinha<br />

pela frente uma temática que<br />

nem sempre solicita a devida<br />

atenção revertendo esta mais facilmente<br />

para assuntos como as<br />

dinâmicas de transformação na<br />

industria do armamento, analisar<br />

as táticas, pensar em cenários<br />

de reequipamento de sistemas, e<br />

olhar para o fardamento como a<br />

ínfima parte de um todo que, se<br />

desenvolvido e pensado, poderá<br />

fazer a diferença.<br />

assim, procurando sempre<br />

Nº 192 DEC11<br />

enquadrar o leitor naquilo que<br />

são hoje os cenários plausíveis<br />

de emprego do aparelho militar, e<br />

em termos daquilo que é hoje um<br />

soldado de infantaria e as suas<br />

capacidades, este ensaio procurará<br />

traduzir essa reflexão e<br />

deixar algumas orientações para<br />

que, noutros fóruns, se promova<br />

a investigação e o desenvolvimento<br />

tecnológico de um vetor<br />

de modernidade importantíssimo<br />

para uma afirmação plena das<br />

capacidades militares.<br />

1. As operações militares<br />

no século XXI. Novos desafios<br />

operacionais.<br />

Muitos são os fatores que<br />

vêm fundamentando uma nova<br />

tipologia de conflitos armados.<br />

a nova dimensão do terrorismo<br />

transnacional; a emergência<br />

de atores transnacionais<br />

como o crime organizado, que<br />

tirando partido da disseminação<br />

Intervenção do Ten Cor Inf Mário Álvares na<br />

Universidade do Minho<br />

tecnológica associada à estrutura<br />

globalizante da economia<br />

mundial e maior abertura de fronteiras,<br />

incrementam o tráfico de<br />

droga, pessoas e armas de destruição<br />

massiva; ou a fragmentação<br />

política de muitos estados,<br />

muitos deles alicerçados às heranças<br />

da guerra-fria, com os decorrentes<br />

extremismos étnicos,<br />

religiosos e culturais, são alguns<br />

exemplos de uma conflitualidade<br />

diferente, que oferece um novo<br />

espectro de operações militares<br />

com novas dinâmicas e vetores<br />

de emprego militar.<br />

Neste novo contexto de ação<br />

as operações de guerra ofensivas<br />

e defensivas não podem<br />

nem devem ser eliminadas do<br />

léxico militar obrigando a que a<br />

preparação e processos de reequipamento<br />

e reorganização sejam<br />

para elas orientadas. Porém,<br />

decorrente da realidade política,

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