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AZ 192DEC.pdf - Exército Português

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<strong>AZ</strong>IMUTE<br />

104<br />

Nº 192 DEC11<br />

In memoriam<br />

Major-General Rui Alexandre Cardoso Teixeira<br />

1946-2011<br />

No dia 28 de Setembro, o Major-General Rui Cardoso Teixeira deixou-nos. Lutou com muita coragem suportando e enfrentando<br />

com serenidade mas sempre com esperança, todas as provações. Nunca conheceu o desânimo e cada novo desafio constituía para si<br />

a renovação da vontade de viver.<br />

O Major-General Rui Teixeira nasceu em 11 de Dezembro de 1946 em Cabeceiras de Basto terra que muito amava e evocava<br />

com carinho. Ingressou na Academia Militar em Outubro de 1967. Na Escola Prática de Infantaria concluiu o tirocínio em Julho<br />

de 1971 iniciando uma carreira brilhante, de entrega, de grande profissionalismo e de elevado sentido do dever. Em Dezembro de<br />

1971 parte para Moçambique onde cumpre uma comissão que lhe permite conhecer e viver a dura realidade da guerra que tanto envolveu<br />

e inquietou a sua geração. Em 1972 regressa a Mafra, à Escola, à Casa-Mãe da Infantaria.<br />

Aqui aprofunda a sua formação, desempenha as exigentes funções de instrutor em sucessivos e<br />

desgastantes cursos de oficiais milicianos, exerce funções de comandante de companhia, é<br />

director do tirocínio e Instrutor de táctica entre outros desempenhos.<br />

Em 1981 é colocado na 1ª Brigada Mista Independente como Comandante de Companhia<br />

de Atiradores do Batalhão de Infantaria Mecanizado. No exercício do comando<br />

manifesta o espírito de entrega sem limites que sempre caracterizaram a sua<br />

conduta. Valoriza-se numa unidade de vanguarda do <strong>Exército</strong> consolidando uma<br />

carreira sempre pautada pela determinação e frontalidade nos momentos decisivos.<br />

De 1993 a 1996 cumpre uma missão no SHAPE em Mons. A sua preparação e<br />

capacidade proporcionam-lhe um exercício de funções com grande dignidade prestigiando<br />

o <strong>Exército</strong> e Portugal.<br />

Frequentou no Instituto de Altos Estudos Militares o Curso Geral de Comando<br />

e Estado-Maior e o Curso de Estado-Maior. Colocado no Estado-Maior do <strong>Exército</strong>,<br />

na Divisão de Operações, desempenha as novas e exigentes funções com a confirmada<br />

dedicação, rigor e competência.<br />

Em 1998 é nomeado Comandante da Escola de Sargentos do <strong>Exército</strong>. Exerce o Comando com elevadíssimo sentido do dever<br />

procurando e conseguindo valorizar a sua Escola, tão importante na formação de todos os sargentos do <strong>Exército</strong>. Evocava esta passagem<br />

pela ESE com muito orgulho, carinho e saudade.<br />

Após a frequência do Curso Superior de Comando e Direcção (2001/2002) é colocado no IAEM como professor, Chefe da Secção<br />

de Ensino da Táctica. Foi um novo desafio, que mais uma vez enfrenta, com a determinação e capacidade, que o caracterizavam. Foi<br />

curta esta passagem pelo IAEM mas suficiente para demonstrar que era a escolha justa e certa para o exigente e prestigioso cargo.<br />

Após promoção a Major-General é colocado na Guarda Nacional Republicana exercendo o cargo de Chefe de Estado-Maior.<br />

Foram anos de trabalho intenso, mas que adorava, sem horas, sem tréguas e mais uma vez com dedicação e entrega totais. Nada o<br />

fazia esmorecer por mais complexo ou urgente que o assunto fosse.<br />

Foram-lhe atribuídas as mais honrosas condecorações. Não seriam demais para o reconhecimento do seu contributo ao <strong>Exército</strong><br />

e a Portugal.<br />

Em 2005 o seu estado de saúde obriga-o a cessar funções iniciando então a longa luta pela vida. Apesar das suas condições de<br />

saúde empenhou-se desde então, até Agosto de 2011, no levantamento do Clube Militar de Oficiais de Mafra. Acreditava que era<br />

possível organizar nesta vila, cheia de pergaminhos militares, um espaço onde fosse possível o convívio, a cultura e a defesa dos<br />

valores patrióticos que orientaram as nossas vidas. Acreditava que o clube poderia ser o local onde as gerações deveriam passar o<br />

testemunho. Estava certo. Continuará para sempre nos nossos corações e o seu espírito recordado.<br />

A família foi desde sempre o farol da sua vida. À sua esposa Cármen, e aos seus filhos Gisela e Rafael aos seus netos e a toda a<br />

sua família manifestamos o mais sentido pesar pela irreparável perda.<br />

José Inácio Sousa

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