AZ 192DEC.pdf - Exército Português
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atingir;<br />
• Deployment and Mobility –<br />
Faculta ao soldado de infantaria<br />
a orientação e capacidade<br />
de movimento transportando<br />
armas (pistola automática, espingarda<br />
automática, sabre-<br />
-baioneta, granadas de mão<br />
ofensivas, defensivas, de fumos<br />
e iluminantes e munições),<br />
equipamento e material<br />
(capacete, óculos balísticos,<br />
colete balístico, colete tático,<br />
suspensórios e cinturão para<br />
transporte de outro equipamento<br />
e sistemas (rádio, cantil,<br />
porta-carregadores, lanterna<br />
tática, etc), mochila tática com<br />
material de sobrevivência para<br />
24 a 72 horas, sistemas de<br />
aquisição e telemetria, sistemas<br />
de visão noturna, etc) em<br />
todo o tipo de terreno, todo o<br />
tipo de condições meteorológicas<br />
e ambiente afetado por<br />
agentes Nucleares, Biológicos,<br />
Químicos e Radiológicos<br />
(NBQR). Nesta capacidade tem<br />
particular importância o peso,<br />
volumetria e ergonomia das armas,<br />
equipamento e materiais,<br />
não podendo nem devendo ser<br />
descorado o fardamento.<br />
• Protection and Survivability<br />
– Garante ao soldado de infantaria<br />
a proteção contra ameaças<br />
naturais e aquelas que<br />
são provocadas por ação do<br />
homem. sistemas detetores de<br />
agentes NBQR, proteção balística,<br />
acústica e térmica, proteção<br />
contra armas não letais,<br />
camuflagem e minimização da<br />
emissão térmica, e proteção<br />
contra fogo fratricida através da<br />
introdução de dispositivos de<br />
identificação e proteção contra<br />
Remote Controlled improvised<br />
explosive Devices (RCieD),<br />
são alguns exemplos dessa<br />
capacidade.<br />
• Sustainability and Logistics<br />
– Possibilita manter um período<br />
alargado de ação sem necessidade<br />
de intervenção do canal<br />
logístico, seja em termos de<br />
reabastecimento, seja em termos<br />
de manutenção. O apoio<br />
de base tem que ter resposta<br />
em termos de reposição de víveres<br />
respeitando requisitos<br />
como volumetria, rentabilização<br />
energética e validade. Um<br />
ou mais sistemas terão que<br />
permitir a monitorização sanitária.<br />
e os principais sistemas<br />
(nomeadamente em termos<br />
de armamento e assessórios),<br />
em termos de conceção, terão<br />
que respeitar requisitos como<br />
a reciclagem, otimização energética<br />
em termos de fontes de<br />
energia e consumíveis (no caso<br />
das munições), e otimização<br />
do peso, volumetria e modularidade<br />
(diminuindo o fluxo de<br />
sobressalentes e trabalhos de<br />
manutenção).<br />
a questão que agora se coloca<br />
é saber qual a aplicação das<br />
fibras têxteis (e do vestuário) nesta<br />
dinâmica de capacidades e o<br />
impacto desse desenvolvimento<br />
tecnológico na operacionalização<br />
de outros sistemas e na atividade<br />
técnica e psicofísica do utilizador,<br />
o soldado de infantaria.<br />
3. A importância dos tecidos<br />
na concretização das<br />
capacidades.<br />
3.a. Capacidade C4I<br />
Para além do que já foi referido,<br />
os sistemas C4I têm que<br />
estar adaptados às funções específicas<br />
de cada soldado de infantaria<br />
no seio da sua unidade<br />
(esquadra, secção ou pelotão),<br />
terão que permitir o scanning do<br />
utilizador em termos de posicionamento<br />
e situação de sistemas,<br />
terão que possibilitar o rastreio<br />
e indicação de forças amigas no<br />
setor de tiro impedindo o fogo<br />
fratricida, terão que garantir o<br />
posicionamento cartográfico correto<br />
do utilizador e alvos, e terão<br />
que permitir o envio e receção de<br />
mensagens de texto, imagem e<br />
voz.<br />
Não há assim, numa primeira<br />
análise, uma aplicação direta dos<br />
tecidos na dinamização ou maximização<br />
dos sistemas que essa<br />
competência comporta.<br />
Contudo, a sua aplicação, nomeadamente<br />
a rentabilização do<br />
uniforme para a geração de energia<br />
com têxteis interativos (têxtil<br />
que responde de forma inteligente<br />
a um estímulo e que a partir<br />
do sentir ou do reagir (mudança<br />
de cor, oscilação, etc) executam<br />
operações ou sejam produtores<br />
de energia), será relevante<br />
quando temos que equacionar<br />
todo o conjunto de sistemas que<br />
necessitam de fontes de energia<br />
para serem operáveis. este<br />
aspeto é ainda mais importante<br />
se pensarmos que a redução de<br />
baterias (recarregáveis ou não)<br />
Materializa-se numa redução de<br />
peso, numa redução do esforço<br />
logístico para reposição de abastecimentos<br />
consumidos, e numa<br />
redução do desgaste psicofísico<br />
do utilizador, nomeadamente em<br />
termos do peso total a transportar<br />
e ergonomia dos invólucros e<br />
bolsas de transporte dessas bases<br />
de energia. importa contudo<br />
refletir sobre o peso da assinatura<br />
eletromagnética desse sistema<br />
em termos da identificação<br />
por sistemas de aquisição de objetivos<br />
adversários, ou o seu impacto<br />
em termos da porosidade<br />
das fibras e sua importância para<br />
a manutenção de efeitos térmicos<br />
decorrentes do clima e tipologia<br />
de esforço. Deverá merecer<br />
também alguma preocupação o<br />
comportamento da estrutura geradora<br />
de energia e incorporada<br />
no uniforme a agentes naturais<br />
como a água e a humidade, ou<br />
a reação a fragmentos de um<br />
engenho explosivo improvisado<br />
ou projéteis de energia cinética<br />
lançados por armas de projeção<br />
de fogo automáticas ou ordinárias<br />
(sem mecanismo automático<br />
para recuo da culatra).<br />
Nº 192 DEC11<br />
<strong>AZ</strong>IMUTE<br />
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