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Manuel Philomeno de Miranda

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Manoel <strong>Philomeno</strong> <strong>de</strong> <strong>Miranda</strong>/ Divaldo Pereira Franco<br />

Quando silenciou, <strong>de</strong>ixou-nos uma sensação <strong>de</strong> coragem,<br />

assinalada pela alegria <strong>de</strong> viver no serviço <strong>de</strong> autoiluminação.<br />

A noite, porém, prosseguia lúgubre, ameaçadora. De<br />

certo modo, relâmpagos e trovões, chuvas intermitentes tornavam<br />

o nosso trabalho mais penoso. Não se tratava <strong>de</strong> fenômenos<br />

terrestres, mas <strong>de</strong> tormentas espirituais <strong>de</strong>fluentes das<br />

vibrações grosseiras e dos campos magnéticos sobrecarregados<br />

<strong>de</strong> energias <strong>de</strong>letérias.<br />

Na imaginação <strong>de</strong> alguém menos experimentado, logo<br />

se teria i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> tratar-se ali do Inferno mitológico, on<strong>de</strong> não<br />

luzem a misericórdia, nem a compaixão...<br />

A diferença, é que o amor <strong>de</strong> Deus ali se encontrava em<br />

ativida<strong>de</strong>, diminuindo as tenazes constritoras do sofrimento que<br />

colhera rapidamente aquelas <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> existências<br />

em plena exuberância fisiológica e <strong>de</strong>morada ilusão física.<br />

Não havia, porém, tempo, para aprofundar reflexões, que<br />

ficariam para ocasião própria, sendo-nos indispensável servir,<br />

quanto nos estivesse ao alcance, sem medirmos esforços para libertar<br />

os irmãos equivocados, pouco importando as suas origens,<br />

as circunstâncias da <strong>de</strong>sencarnação, a religião que professavam.<br />

O Bem não se <strong>de</strong>tém ante qualquer tipo <strong>de</strong> fronteira, limite, preconceito,<br />

porque é emanação divina para a edificação da vida.<br />

Constatava, mais uma vez, que cada criatura é um ser<br />

especial, verda<strong>de</strong>iro universo a <strong>de</strong>scobrir, <strong>de</strong>sconhecido por ela<br />

própria. Em consequência, cada <strong>de</strong>sencarnação é especial, típica<br />

<strong>de</strong> cada indivíduo, porque caracterizada pela sua realida<strong>de</strong><br />

pessoal.<br />

Muito difícil estabelecerem-se regras comparativas sobre a<br />

existência e a <strong>de</strong>sencarnação dos seres. Certamente, há biótipos<br />

que servem <strong>de</strong> padrão para que se realizem paralelos que ajudam<br />

no entendimento das circunstâncias e das suas ocorrências.<br />

Compreensivelmente, <strong>de</strong>frontávamos essa diversida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> comportamento entre aqueles <strong>de</strong>sencarnados, que se<br />

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