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Manuel Philomeno de Miranda

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Manoel <strong>Philomeno</strong> <strong>de</strong> <strong>Miranda</strong>/ Divaldo Pereira Franco<br />

emocional e moral nos jogos dos <strong>de</strong>sejos infrenes. A iluminação<br />

espiritual é trabalho <strong>de</strong> largo porte, que exige abnegação<br />

e <strong>de</strong>votamento, compensado através da paz que proporciona e<br />

da alegria <strong>de</strong> viver sem condicionamentos extravagantes nem<br />

<strong>de</strong>pendências doentias.<br />

Empenhados na ativida<strong>de</strong> especial <strong>de</strong> ajuda aos irmãos<br />

aflitos, sucediam-se os quadros <strong>de</strong> dor, cada qual específico, em<br />

razão <strong>de</strong> cada pessoa ser única e especial, seus problemas e ambições<br />

muito próprios, caracterizando-lhe o nível <strong>de</strong> evolução.<br />

Abdul, suavemente iluminado, po<strong>de</strong>ndo ser percebido<br />

pela maioria dos Espíritos perversos que disputavam as carcaças<br />

humanas e tentavam submeter os seus antigos hóspe<strong>de</strong>s<br />

físicos, continuava no recitativo do Alcorão, suplicando, vez<br />

que outra, a ajuda dos Céus para os sofredores e seus algozes.<br />

Subitamente, no círculo <strong>de</strong> aflições, <strong>de</strong>stacou-se uma<br />

mulher <strong>de</strong> olhar esgazeado que procurava a mãezinha, também<br />

vítima da catástrofe. Gritava, já afônica, pelo nome da<br />

genitora, tentando <strong>de</strong>sembaraçar-se do corpo sem o conseguir,<br />

constrangendo-nos <strong>de</strong> imediato.<br />

Acerquei-me, paciente e compa<strong>de</strong>cido, po<strong>de</strong>ndo ler no<br />

seu pensamento o drama que experienciava e a dor imensa que<br />

a consumia.<br />

Estava aten<strong>de</strong>ndo a senhora idosa enferma, quando a<br />

onda imensa arrancou-lhe a casa do solo, levando-a <strong>de</strong> roldão<br />

com os coqueiros e outras árvores <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte, <strong>de</strong>spedaçando<br />

tudo à frente.<br />

A morte <strong>de</strong> ambas foi imediata, e logo <strong>de</strong>spertou agónica<br />

entre as ruínas do que fora o lugar em que vivia. Não se<br />

apercebeu da situação, pois que, para ela, o dia não raiara, ainda<br />

tomado pelas sombras <strong>de</strong>correntes das vibrações ambientais<br />

pesadas, entregando-se ao <strong>de</strong>sespero em busca da anciã...<br />

Fortemente ligada ao corpo, tentava sair do lugar sem o<br />

conseguir, em <strong>de</strong>sespero crescente.<br />

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