Manuel Philomeno de Miranda
Manuel Philomeno de Miranda
Manuel Philomeno de Miranda
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Manoel <strong>Philomeno</strong> <strong>de</strong> <strong>Miranda</strong>/ Divaldo Pereira Franco<br />
dação e pela <strong>de</strong>struição... Igualmente consi<strong>de</strong>rada o país mais<br />
populoso <strong>de</strong>ntre os muçulmanos, seu povo, espalhado pelas<br />
inúmeras ilhas, não podia imaginar a gran<strong>de</strong>za da calamitosa<br />
ocorrência, por falta <strong>de</strong> comunicação entre aquelas <strong>de</strong> origem<br />
vulcânica e as outras <strong>de</strong> formação calcária...<br />
Alguns Espíritos nobres acercaram-se da região no começo<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, a fim <strong>de</strong> organizarem as comunida<strong>de</strong>s<br />
transitórias para receberem os que <strong>de</strong>sencarnariam em aflição,<br />
no terrível futuro evento sísmico.<br />
Transcorrido algum tempo <strong>de</strong> viagem, chegamos à comunida<strong>de</strong><br />
espiritual situada sobre a área tristemente atingida.<br />
Embora houvéssemos acompanhado alguns lances da<br />
tragédia em nossa Colônia, podíamos agora ver diretamente<br />
os danos causados pela onda imensa e as que a suce<strong>de</strong>ram,<br />
<strong>de</strong>struindo tudo com a velocida<strong>de</strong> e a força ciclópica do terremoto<br />
nas águas profundas do oceano Indico, e logo <strong>de</strong>pois, as<br />
contínuas vibrações e seguidos choques <strong>de</strong>struidores.<br />
A força tempestuosa espalhara-se pelas costas da índia,<br />
do Sri Lanka, da Tailândia, das Ilhas Phi Phi, das Maldivas,<br />
<strong>de</strong> Bangla<strong>de</strong>sh, <strong>de</strong> parte da Africa, embora com efeitos menores<br />
que alcançaram outras regiões do referido oceano.<br />
Como resultado lastimável ocorreram alterações na<br />
massa terrestre, no seu movimento, na inclinação do eixo, que<br />
embora não registradas com facilida<strong>de</strong> pelos seus habitantes,<br />
foram <strong>de</strong>tectadas por instrumentos sensíveis.<br />
A primeira onda avassaladora ceifara mais <strong>de</strong> 150.000 vidas,<br />
enquanto as sucessivas carregadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>stroços <strong>de</strong> casas, barcos<br />
e construções <strong>de</strong> todo tipo, <strong>de</strong> árvores arrancadas e pedras,<br />
semearam o horror, arrasando as comunida<strong>de</strong>s litorâneas...<br />
A psicosfera ambiental era <strong>de</strong>nsa, <strong>de</strong>notando todos os<br />
sinais inequívocos das tragédias <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte.<br />
Ouvíamos o clamor das multidões <strong>de</strong>svairadas, enlouquecidas<br />
pelo sofrimento <strong>de</strong>corrente da morte dos seres que-<br />
50