Manuel Philomeno de Miranda
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Manoel <strong>Philomeno</strong> <strong>de</strong> <strong>Miranda</strong>/ Divaldo Pereira Franco<br />
Não foi por outra razão que Jesus o elegeu como a mais<br />
nobre quão indispensável conquista a que po<strong>de</strong> aspirar o ser<br />
humano.<br />
Ao mesmo tempo que nos alegrávamos com os resultados<br />
da convocação do padre Marcos, constatávamos os resultados<br />
infelizes <strong>de</strong>correntes da levianda<strong>de</strong> e da ilusão a que se<br />
permitem os indivíduos que se encontram distantes do conhecimento<br />
da realida<strong>de</strong> espiritual.<br />
Os fenômenos dolorosos <strong>de</strong> licantropia constrangiam-nos,<br />
levando-nos à reflexão, tanto em relação aos que<br />
lhes pa<strong>de</strong>ciam a vicissitu<strong>de</strong>, como àqueles que se tornavam<br />
vítimas inermes <strong>de</strong>sses algozes, afinal, <strong>de</strong> si mesmos.<br />
O <strong>de</strong>sconhecimento das Leis da Vida faz que o Espírito<br />
mergulhe no mais abismal estado <strong>de</strong> primitivismo, não se interessando<br />
pela ascensão que o arranque da situação <strong>de</strong>plorável.<br />
Não nos passava pela mente qualquer sentimento <strong>de</strong> reproche<br />
ou <strong>de</strong> censura, porquanto, <strong>de</strong> alguma forma, somos<br />
viajantes da noite <strong>de</strong> sombras <strong>de</strong>nsas na direção do dia iluminado<br />
e fulgurante.<br />
Os atavismos religiosos que lhes ofereciam primícias e estados<br />
<strong>de</strong> glória logo após a morte biológica, mantinham alguns que<br />
se davam conta do fenômeno <strong>de</strong> que foram objeto, aguardando a<br />
chegada dos anjos mitológicos, e <strong>de</strong>sesperavam-se, tombando na<br />
blasfêmia e na revolta, reclamando contra o abandono em que<br />
supunham encontrar-se. Essa transferência <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s<br />
dos nossos atos para a Divinda<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> ser uma atitu<strong>de</strong> profundamente<br />
leviana é muito cômoda, porque proporciona uma<br />
visão totalmente distorcida da realida<strong>de</strong>, transferindo-a para o<br />
mundo da fantasia e da mágica, no qual tudo é possível...<br />
Somente quando o ser humano <strong>de</strong>sperta realmente para<br />
a consciência <strong>de</strong> si mesmo, das responsabilida<strong>de</strong>s que lhe dizem<br />
respeito, é que tem início o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrimento da<br />
verda<strong>de</strong> e do <strong>de</strong>ver.<br />
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