Manuel Philomeno de Miranda
Manuel Philomeno de Miranda
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Transição Planetária<br />
A palavra era repassada <strong>de</strong> imensa compaixão e ternura,<br />
envolvendo em dulcidas vibrações <strong>de</strong> harmonia os agressores,<br />
que ficaram algo aturdidos momentaneamente, logo retornando<br />
ao ataque.<br />
- Ofereci-vos a bênção da carida<strong>de</strong> para com o criminoso<br />
e reagis - voltou a afirmar o mentor -, agora vejo-me na<br />
contigência <strong>de</strong> apelar para outros recursos <strong>de</strong> que po<strong>de</strong>mos<br />
dispor em situações como esta...<br />
Silenciando, pôs-se a orar em profunda concentração,<br />
no que O acompanhamos <strong>de</strong> bom grado.<br />
suavemente uma clarida<strong>de</strong> os envolveu, e Ana, que<br />
continuava com o archote na mão direita erguida, <strong>de</strong>pô-lo no<br />
solo, e acercando-se <strong>de</strong> ambos <strong>de</strong>ntro da luz superior, abraabraçou-os<br />
com bonda<strong>de</strong>, enquanto o médico <strong>de</strong>sligava o Espírito<br />
submetido á pressão dos adversários.<br />
Subitamente, os dois adversários foram dominados por<br />
estranho torpor, e amparados pela enfermeira espiritual, foram<br />
colocados no solo, a fim <strong>de</strong> serem transferidos por generosos<br />
auxiliares convocados mentalmente pelo Dr. Charles<br />
que, então aplicou energias saudáveis no enfermo em estado<br />
comatoso. Vimos o encaixar do Espírito no corpo, e logo <strong>de</strong>pois um<br />
estertor sacudiu-o todo, transformando-se em uma convulsão...<br />
-Ele sobreviverá... - informou o médico sábio. - Receberá<br />
os recursos hábeis e, em breve, po<strong>de</strong>rá ser transferido para<br />
o lar, <strong>de</strong> experimentará a longa trajetória da recuperação<br />
A nobre senhora <strong>de</strong>sencarnada, muito comovida agra<strong>de</strong>ceu<br />
ao culápio espiritual e abraçou o neto querido.<br />
Quando retornávamos para os labores sob nossa responsabilida<strong>de</strong>,<br />
e porque me parecesse oportuno, pedi-lhe licença,<br />
e interroguei-o:<br />
Pelo que <strong>de</strong>preendo, os adversários espirituais tramavam-lhe<br />
a <strong>de</strong>sencarnação, não é verda<strong>de</strong>?<br />
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