Manuel Philomeno de Miranda
Manuel Philomeno de Miranda
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Transição Planetária<br />
alguns anos, enquanto Abdul falou-lhe com ternura e energia<br />
sobre o crime que perpetrava, informando-lhe que a exploração<br />
infeliz chegara ao fim naquela oportunida<strong>de</strong>, quando a<br />
morte os separaria e ele teria que enfrentar as consequências<br />
nefastas da sua cruelda<strong>de</strong>.<br />
A conduta mais própria era adormecê-lo também, a<br />
fim <strong>de</strong> ser provi<strong>de</strong>nciado recurso <strong>de</strong> libertação, quando ela<br />
pu<strong>de</strong>sse contribuir com o pensamento e os sentimentos re<br />
novados, porquanto a atração mantida era resultado do seu<br />
comportamento que facilitara a perfeita i<strong>de</strong>ntificação entre<br />
o plugue nos chakras coronário e sexual e as tomadas do seu<br />
agressor...<br />
As Divinas Leis jamais recorrem aos recursos <strong>de</strong> cobran<br />
ças comuns às criaturas humanas que se comprazem em fazer<br />
justiça mediante as concepções infelizes a que se atêm.<br />
Ninguém po<strong>de</strong> permitir-se o luxo <strong>de</strong>sditoso <strong>de</strong> recuperar<br />
débitos morais e espirituais, colocando-se em posição <strong>de</strong> vítima,<br />
que nunca existe, porquanto, se tal houvesse, <strong>de</strong>parar-nos-íamos<br />
com lamentáveis falhas dos códigos da justiça divina.<br />
Mecanismos próprios <strong>de</strong> reparação fazem parte das le-<br />
gislações superiores da vida, que jamais falham. Nada obstan<br />
te, o orgulho e a intemperança daqueles que se consi<strong>de</strong>ram<br />
prejudicados, logo tomam posições <strong>de</strong> justiceiros e encarce-<br />
ram-se nas re<strong>de</strong>s fortes dos crimes <strong>de</strong>sconhecidos pela socie<br />
da<strong>de</strong>, porém jamais ignorados pela realida<strong>de</strong> que sempre terão<br />
<strong>de</strong> enfrentar...<br />
Quando a mãezinha percebeu que a filhinha dormia re-<br />
lativamente em paz, embora alguns estertores naturais, como<br />
resultado inevitável das construções mentais arquivadas no<br />
inconsciente e as emanações morbíficas do adversário que se<br />
mantinha vinculado, sorriu feliz e tentou abraçá-la.<br />
Tratava-se, para mim, <strong>de</strong> um caso muito especial,<br />
porquanto era a primeira vez que observava o fenômeno da<br />
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