Manuel Philomeno de Miranda
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Manoel <strong>Philomeno</strong> <strong>de</strong> <strong>Miranda</strong>/ Divaldo Pereira Franco<br />
Ana continuava a manter o archote aceso <strong>de</strong>rramando<br />
clarida<strong>de</strong> no local sombrio e truanesco. Em <strong>de</strong>terminado momento,<br />
escutamos uivos arrepiantes e vimos em movimento<br />
uma <strong>de</strong>nsa formação agitando-se e aproximando-se como se<br />
empurrada por ventos suaves, imperceptíveis para nós outros.<br />
.. Ao acercar-se, pu<strong>de</strong>mos ver em hedion<strong>de</strong>z diversos Espíritos<br />
com fácies e formas lupinas como se estivéssemos em<br />
um cenário <strong>de</strong> imaginação doentia, observando antigos seres<br />
humanos que se fizeram vítimas da zoantropia. Com aspectos<br />
repelentes e hórridos, eliminavam baba pegajosa pelas bocas<br />
escancaradas e os olhos brilhantes procuravam os cadáveres<br />
cujos Espíritos estávamos libertando.<br />
Subitamente tentaram atirar-se sobre um dos montes <strong>de</strong><br />
membros e corpos misturados, como se estivessem esfaimados.<br />
Nesse comenos, Dr. White sinalizou ao padre Marcos<br />
que, rápido e seguro, <strong>de</strong>sdobrou uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> fios luminosos<br />
e <strong>de</strong> ampla proporção, no que foi auxiliado por Ivon e Oscar,<br />
atirando-a com habilida<strong>de</strong> sobre o monturo fétido... De imediato,<br />
pu<strong>de</strong>mos perceber que se tratava <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>fesa magnética,<br />
irradiando energia especial que apavorou os agressores,<br />
que certamente a conheciam, fazendo que se afastassem em<br />
tropel rápido, sem maiores perturbações para o nosso labor.<br />
Fora a primeira vez que me <strong>de</strong>parara com cena <strong>de</strong> tal<br />
porte.<br />
Percebendo-me as interrogações mentais, o hábil diretor<br />
veio-me em socorro, explicando-me:<br />
- Trata-se <strong>de</strong> Espíritos muito infelizes, cujas existências<br />
na Terra foram terrificantes e que construíram<br />
as aparências perversas atuais como <strong>de</strong>corrência do mal<br />
que praticaram indiferentes ao sofrimento que causavam.<br />
Haviam perdido a sensibilida<strong>de</strong> do amor e, por<br />
isso mesmo, <strong>de</strong>formaram psiquicamente o perispírito<br />
que, após a <strong>de</strong>sencarnação do corpo somático, encarre-<br />
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