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Manuel Philomeno de Miranda

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Manoel Pbilomeno <strong>de</strong> <strong>Miranda</strong>/ Divaldo Pereira Franco<br />

aprisionados e, na gran<strong>de</strong> maioria, assassinados pelas forças<br />

dominantes. Nesse letal período, instalou-se a Inquisição espanhola,<br />

e a noite medieval, que se supunha haver <strong>de</strong>saparecido,<br />

prolongou as suas trevas pelos séculos seguintes em<br />

aberrações inimagináveis.<br />

"A fim <strong>de</strong> arrancar-se a confissão do infiel, eram usados<br />

todos os meios bárbaros concebíveis, incluindo-se o empalamento,<br />

a roda, a tortura da polé, e tudo quanto <strong>de</strong> hediondo a<br />

mente humana po<strong>de</strong> conceber quando enlouquecida. As mulheres<br />

eram violadas, as crianças assassinadas ou vendidas como<br />

escravas, separadas para sempre dos seus pais, os homens válidos<br />

eram igualmente vendidos, os idosos e doentes vilmente monos<br />

após suplícios extenuantes... E dizíamos que assim nos comportávamos<br />

em nome <strong>de</strong> Jesus e <strong>de</strong> Sua doutrina..."<br />

Subitamente, num pequeno intervalo entre uma e outra<br />

frase, vimos lágrimas nos olhos do mentor, e percebemos-lhe<br />

a voz embargada pela emoção, o que ampliou a nossa sensibilida<strong>de</strong>.<br />

As onomatopéias da Natureza estavam saturadas <strong>de</strong><br />

fluidos felizes que nos revigoravam e que banhavam a regiam<br />

renovando as energias dos habitantes, àquela hora adormecidos,<br />

na sua gran<strong>de</strong> maioria, na intimida<strong>de</strong> doméstica.<br />

Ao longe, Selene esparzia o seu véu <strong>de</strong> prata e as folhas<br />

das árvores fremiam ante a brisa <strong>de</strong>licada.<br />

Continuando, o nobre orientador esclareceu:<br />

- É perfeitamente compreensível que os Espíritos que pa<strong>de</strong>ceram<br />

em nossas mãos e em nossa administração o campe<br />

onato da perversida<strong>de</strong>, ainda guar<strong>de</strong>m da nossa conduta essa<br />

lembrança inditosa, em razão <strong>de</strong> se haverem atirado aos <strong>de</strong>spenha<strong>de</strong>iros<br />

profundos do mundo espiritual inferior, on<strong>de</strong> passaram<br />

a homiziar-se, a edificar os seus redutos, hoje transformados<br />

em regiões quase infernais, embora a sua transitorieda<strong>de</strong>, on<strong>de</strong><br />

ur<strong>de</strong>m planos <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição do pensamento cristão na Terra.<br />

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