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Dissertação Teo Bueno - Museu da Vida

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Grande parte <strong>da</strong> importância que as questões ambientais foram adquirindo ao<br />

longo dos anos deve-se ao fato dessas questões ca<strong>da</strong> vez mais estarem presentes na<br />

mídia. Sem dúvi<strong>da</strong> a mídia exerceu um importante e fun<strong>da</strong>mental papel na divulgação<br />

<strong>da</strong>s questões ambientais. A mídia se apropriou de tal maneira dessas questões que<br />

inclusive foi desenvolvido um ramo <strong>da</strong> comunicação social especificamente voltado<br />

para essa temática: o chamado jornalismo ambiental.<br />

O jornalismo ambiental foi se desenvolvendo concomitantemente com o<br />

desenvolvimento dos discursos sobre o meio ambiente. Ele foi aos poucos se<br />

sofisticando, se complexificando até resultar na varie<strong>da</strong>de de abor<strong>da</strong>gens e tipos de<br />

comunicação ambiental que existem hoje. O estudo <strong>da</strong> história do jornalismo ambiental<br />

é interessante na medi<strong>da</strong> em que essa história registra todos os processos de mu<strong>da</strong>nças<br />

discursivas que os discursos sobre meio ambiente carregam, como por exemplo, o<br />

surgimento de expressões típicas <strong>da</strong> área ambiental, a alternância de significados<br />

construídos dentro dessa comuni<strong>da</strong>de discursiva, os tipos de temática que ganham ou<br />

perdem espaço nas agen<strong>da</strong>s de divulgação. Segundo Villar (1997) a primeira enti<strong>da</strong>de<br />

organiza<strong>da</strong> de jornalismo ambiental surgiu na França, ain<strong>da</strong> na déca<strong>da</strong> de 60. Ain<strong>da</strong><br />

segundo Villar (1997) o registro do jornalismo ambiental no Brasil também remonta<br />

essa déca<strong>da</strong>. Ele cita que já em 1968 o jornalista Ran<strong>da</strong>u Marques, primeiro jornalista<br />

brasileiro a se especializar em meio ambiente, publicava matérias denunciando crimes<br />

ambientais cometidos por empresas e indústrias tanto no sudeste como no sul do Brasil.<br />

O autor observa que “depois <strong>da</strong> Conferência <strong>da</strong> ONU sobre Meio Ambiente, realiza<strong>da</strong><br />

em Estocolmo, em 1972, as questões ambientais começaram a aparecer com maior<br />

freqüência na imprensa internacional.”.<br />

Na déca<strong>da</strong> de 80, a divulgação <strong>da</strong>s descobertas cientificas que indicaram o<br />

chamado “buraco na cama<strong>da</strong> de Ozônio” gerou um grande interesse por parte <strong>da</strong> opinião<br />

pública sobre temáticas ambientais. Esse interesse impulsionou ain<strong>da</strong> mais o<br />

desenvolvimento do jornalismo ambiental no mundo todo ( VILLAR, 1997). O<br />

crescimento e desenvolvimento do jornalismo ambiental no plano internacional geraram<br />

repercussões na imprensa brasileira que passou a registrar e divulgar em maior escala de<br />

comunicação os problema ambientais <strong>da</strong> região amazônica tais como desmatamentos e<br />

queima<strong>da</strong>s. Villar (1997) também aponta que a grande imprensa brasileira incorporou a<br />

dimensão ambiental em suas pautas muito influencia<strong>da</strong> pelas agências internacionais,<br />

que exercem, até os dias de hoje, uma relação de dominação ideológica nos principais<br />

meios de comunicação dos países em desenvolvimento.<br />

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