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Dissertação Teo Bueno - Museu da Vida

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dois grupos são citados especificamente enquanto que as categorias humani<strong>da</strong>de e<br />

conci<strong>da</strong>dãos terráqueos são de uma generali<strong>da</strong>de enorme que no final <strong>da</strong>s contas não<br />

nos permite identificar a quem ele está se referindo.<br />

Na continuação dessa frase, o editor dá a entender que o conceito do<br />

desenvolvimento sustentável já está plenamente entendido por esses atores e que não há<br />

nenhuma polêmica com relação à construção desse conceito no âmbito acadêmico,<br />

político e econômico. Além disso, ele atribui a esse conceito uma visão ecológica do<br />

todo, mas não explicita o que ele entende por ser essa visão ecológica do todo.<br />

O editor ain<strong>da</strong> faz menção à polarização entre os ganhos individuais versus as<br />

per<strong>da</strong>s coletivas a longo prazo que, segundo ele, o desenvolvimento não sustentável<br />

gera. Logo em segui<strong>da</strong> ele utiliza uma metáfora para explicitar que para a questão<br />

ambiental estamos todos no mesmo barco planetário. Essa metáfora do barco<br />

planetário dá a entender que para as questões ambientais, não há diferenças entre ricos,<br />

pobres, brancos, negros, homens e mulheres, pois afinal todos irão ser prejudicados com<br />

as conseqüências dos desequilíbrios ambientais. No entanto, esse tipo de metáfora<br />

desconsidera e dissipa as contradições e lutas que existem na nossa socie<strong>da</strong>de. Da<br />

mesma maneira, esse tipo de metáfora não problematiza as injustiças sociais uma vez<br />

que coloca no mesmo patamar de responsabili<strong>da</strong>de os exploradores e explorados, os<br />

poluidores e as vítimas dos efeitos <strong>da</strong> poluição. É evidente que as conseqüências<br />

ambientais causam efeitos diferenciados ao longo dos diferentes extratos sociais, visto<br />

que ca<strong>da</strong> vez mais as soluções para esses problemas envolvem custos financeiros que<br />

nem todos os extratos podem arcar.<br />

Diante dessa caracterização <strong>da</strong> questão ambiental como algo pertinente a to<strong>da</strong>s<br />

as pessoas do mundo, o editor apresenta uma nova definição para a palavra ecologia que<br />

a associa a valores humanistas de amor ao próximo, personifica<strong>da</strong> nas referências de<br />

enti<strong>da</strong>des divinas, líderes religiosos e cientistas de projeção mundial, cuja atuação<br />

abrange períodos variados na história:<br />

69<br />

“A ecologia, na ver<strong>da</strong>de, é o outro nome do amor<br />

planetário. Apenas a versão moderna, científica e lógica<br />

do que todos os espíritos guias <strong>da</strong> humani<strong>da</strong>de já<br />

mostraram, como Bu<strong>da</strong>, Cristo, Gior<strong>da</strong>no Bruno, Einstein,<br />

Gandhi, Martin Luther King e é impossível nega-los (sic)”<br />

(JB Ecológico, Nº4, página 08, 8ª parágrafo )

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