Dissertação Teo Bueno - Museu da Vida
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O aumento <strong>da</strong> complexi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des modernas levou a uma multiplicação<br />
de formas simbólicas media<strong>da</strong>s que são ofereci<strong>da</strong>s às pessoas. Para se orientar no fluxo<br />
de informações em que estão inseridos, as pessoas desenvolvem sistemas de<br />
conhecimento prático. Muitas vezes, a mídia participa ativamente desse sistema de<br />
conhecimento dos indivíduos e com isso adquire um caráter duplo no sentido em que<br />
contribui para o aumento dessa complexi<strong>da</strong>de social, mas também serve de orientação<br />
nessa complexi<strong>da</strong>de.<br />
Thompson nos aju<strong>da</strong> a pensar o jornalismo ambiental do ponto de vista de sua<br />
função de globalizar as questões ambientais pelo fato de difundir e divulgar<br />
acontecimentos e questões globais que levam a apropriações locais. Os meios de<br />
comunicação que se apropriam <strong>da</strong>s temáticas ambientais podem, por exemplo, cumprir<br />
o papel de levar aos indivíduos de grandes centros urbanos, experiências com ambientes<br />
preservados e também com ambientes totalmente degra<strong>da</strong>dos. As imagens e textos<br />
sobre meio ambiente que circulam pela mídia objetivam sensibilizar os leitores para a<br />
questão <strong>da</strong> preservação do meio ambiente. Através <strong>da</strong> mediação de experiências com a<br />
natureza os meios de comunicação podem oferecer modelos e conceitos que os<br />
indivíduos podem, ou não, se apropriar na construção de suas identi<strong>da</strong>des. No entanto é<br />
fato que todo tipo de comunicação social <strong>da</strong>s questões ambientais produzem textos que<br />
se situam a partir de uma visão política, econômica e social de se relacionar com o meio<br />
ambiente. Seus leitores podem assimilar essas visões e modelos ou até mesmo<br />
questioná-las. Nesse sentido, a história do jornalismo ambiental documenta as diferentes<br />
abor<strong>da</strong>gens <strong>da</strong>s questões ambientais uma vez que registra diferentes formas de<br />
comunicar essas questões que são deriva<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s condições de produção desses textos<br />
(FAIRCLOUGH, 2001).<br />
A complexi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s questões ambientais envolve o diálogo de diferentes setores<br />
<strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de, as empresas, os políticos, os ci<strong>da</strong>dãos, os professores, os alunos, os juízes,<br />
advogados, artistas, empresários, jornalistas, cientistas, e a mídia exercem um papel<br />
importante como suporte e meio para a constituição desse diálogo e a divulgação dessas<br />
questões. Nesse sentido, pretendemos com esse trabalho realizar um estudo de caso de<br />
uma análise crítica do discurso de uma revista de divulgação <strong>da</strong>s questões ambientais a<br />
fim de investigar os elementos que são mobilizados na constituição do discurso sobre o<br />
meio ambiente dessa revista assim como identificar os interlocutores dela.<br />
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