FLAVIA CAMPOS DE MELO SILVA - Unisul

1.2 PROBLEMA DE PESQUISA
A questão central discutida e investigada neste trabalho é a constante busca da
mulher de aproximar-se do padrão corpóreo de beleza magra. Esse padrão é construído e
disseminado pela mídia, que também tem o poder de nos apresentar diferentes formas para
alcançá-lo. Uma delas é o uso instrumental do vestuário, como podemos ver nas páginas das
revistas femininas voltadas para o tema moda.
As revistas de moda analisadas são publicadas mensalmente e englobam não
somente assuntos referentes ao vestuário, mas também incluem dicas de beleza, etiqueta,
culinária, etc., voltando-se para um público que deseja manter-se inserido na elite hegemônica
(mulheres brancas, heterossexuais, de aparência jovem, magras, bem vestidas e bem
sucedidas) e que, para estar inserido nesse grupo, deve seguir certas “regras”, por exemplo,
usar roupas que criem um “ar” de cintura, que disfarcem culotes, quadris largos, seios muito
grandes e gordurinhas localizadas.
1.3 QUESTÕES DE PESQUISA
Para que essa análise se realize com êxito, proponho analisar criticamente as
escolhas micro lingüísticas utilizadas em textos de duas revistas de moda feminina que
apresentam sugestões sobre como aproximar-se do corpo hegemônico através do vestuário.
Para tanto, são levantadas as seguintes questões de pesquisa:
1. Partindo-se do pressuposto de que as revistas de moda compartilham da crença hegemônica
de que o corpo belo é o corpo magro, longilíneo e curvilíneo, questiona-se:
Quais são os atores sociais presentes nesses textos?
17