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FLAVIA CAMPOS DE MELO SILVA - Unisul

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estacionário à idade nascente dos consumos urbanos, na medida em que põe em cena<br />

todos os problemas desta confrontação entre estabilidade e movimento incessante.<br />

Podemos visualizar a introdução da moda como sistema de renovação constante<br />

na inversão do consumo baseado em necessidades reais para o consumo baseado em desejos,<br />

aquele necessário para estar-se incluído em um determinado grupo.<br />

Como fenômeno social, a moda sofre diferentes influências, sob diversos ângulos,<br />

sendo um meio de expressar os valores da sociedade em um determinado momento. Ela pode<br />

ser examinada em diversas áreas – da arquitetura à tecnologia – tendo seu significado<br />

associado a sentidos positivos e negativos: quando positivo, “o termo ‘moda’ é [...] um<br />

sinônimo para glamour e estilo, [...] um tipo de arte comunal, através do qual uma cultura<br />

examina suas noções de beleza e bondade”; quando negativo, “o termo ‘moda’ é [...] um<br />

sinônimo para manias e tendências, [...] um alívio do tédio, ou uma distração de problemas<br />

importantes, para o rico preguiçoso” (WIKIPEDIA, 2006).<br />

O primeiro propósito da criação da roupa foi o de proteger o indivíduo de<br />

variações climáticas. Aos poucos, o vestuário foi adquirindo outras funções, tais como a não<br />

exposição do corpo nu, a identificação étnica ou profissional, o pertencimento a grupos e<br />

‘tribos’, e a indicação de poder econômico e status social, chegando ao ponto em que o corpo<br />

coberto tornou-se uma necessidade sócio-cultural. As roupas fazem parte do processo de<br />

constituição das identificações sociais. Stone (apud DAVIS, 1992, p. 25) afirma que:<br />

[...] as roupas, juntamente com os cosméticos e os penteados, também constituem o<br />

que está mais intimamente ligado ao nosso self corporal – emolduram muito do que<br />

enxergamos quando vemos alguém – elas quase que naturalmente adquirem uma<br />

capacidade especial de “dizer coisas” sobre o self.<br />

Proteção, necessidade, pudor: qualquer que seja o propósito, o vestuário e seu<br />

corolário, a moda, possuem importância singular para o indivíduo que vive em sociedade,<br />

pois demonstram, entre outras coisas, sua individualidade e localização social. Comentando o<br />

trabalho de Pagès-Delon, Cidreira (2005, p. 111) se alinha com a função social do vestuário e<br />

afirma que:<br />

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