51 - Rodriguésia - Jardim Botânico do Rio de Janeiro
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Com um conhecimento maior da Flora da Amazônia, novas <strong>de</strong>scobertas foram aí feitas,<br />
que vieram aumentar o número <strong>de</strong> espécies para a seção Tylotaea Vogel.<br />
Harms (1907) <strong>de</strong>screveu Bauhinia uleana e mais tar<strong>de</strong> (1915) Bauhinia porphyrotricha,<br />
subordinan<strong>do</strong> esta à seção Schnella, sem contu<strong>do</strong> esclarecer o senti<strong>do</strong> <strong>de</strong>ssa seção.<br />
Ducke (1922) iniciou uma série <strong>de</strong> <strong>de</strong>scrições das espécies amazônicas <strong>do</strong> gênero Bauhinia<br />
sect. Tylotaea, B. pterocalyx, B. siqueiraei e B. huberi. Posteriormente (1925a) reconheceu que<br />
essa última espécie não podia se manter como taxon in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e <strong>de</strong>u-lhe o "status" <strong>de</strong><br />
varieda<strong>de</strong> da espécie B. platycalyx. Chamou atenção para o fato <strong>de</strong> que a altura <strong>do</strong>s lobos e<br />
fendilhamcnto das folhas não <strong>de</strong>veriam ser leva<strong>do</strong>s em consi<strong>de</strong>ração como caracteres para justificar<br />
a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> novas espécies. Em seguida <strong>de</strong>screveu B. alata e B. cupreonitens. Nessa mesma data<br />
começou também uma série <strong>de</strong> trabalhos sobre as Leguminosae da Amazônia, <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong><br />
sua distribuição. Enumerou as espécies <strong>de</strong> Bauhinia com suas respectivas localida<strong>de</strong>s, sem contu<strong>do</strong><br />
apresentar chaves para i<strong>de</strong>ntificá-las. A esses trabalhos seguiram-se outros com novas listas baseadas<br />
sempre no primeiro trabalho e acrescentadas das espécies novas por ele <strong>de</strong>scritas.<br />
Ducke (1938) afirmou que B. erythrantha, por ele <strong>de</strong>scrita nessa ocasião, seria o elo entre<br />
a seção Schnella e a seção Tylotaea. Em 1944 continuou seu incansável trabalho, <strong>de</strong>screven<strong>do</strong> ainda<br />
B. altiscan<strong>de</strong>ns e B. parviloba.<br />
Ducke (1953) divulgouHmãTrova-lista <strong>de</strong> Leguminosas, <strong>de</strong>sta vez, referin<strong>do</strong>-se à flora <strong>de</strong><br />
Pernambuco e Paraíba. Mais tar<strong>de</strong>, em 1959, fez o mesmo para o Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Ceará (1959a).<br />
Ducke (1959b) encerrou sua série <strong>de</strong> espécies da seção Tylotaea, da Amazônia, com a<br />
diagnose <strong>de</strong> Bauhinia stenopetala (sphalm. B. stenantha).<br />
R. L. Froes (1950) <strong>de</strong>screveu Bauhinia longiseta, também da Amazônia.<br />
ffl - MATERIAL E MÉTODOS<br />
Para o estu<strong>do</strong> taxonômico foi utiliza<strong>do</strong> material hcrboriza<strong>do</strong>, <strong>de</strong>posita<strong>do</strong> nos herbários das<br />
instituições enumeradas a seguir, com suas respectivas siglas empregadas no texto. Estão também,<br />
aí incluí<strong>do</strong>s os nomes das instituições que ce<strong>de</strong>ram fototipos solicita<strong>do</strong>s para nosso estu<strong>do</strong>:<br />
C — Botanishe Museum og Herbarium, Kobenhavea. Dinamarca.<br />
F - John G. Seatle Herbarium Field Museum of Natural History, Chicago, Illinois,<br />
USA.<br />
GUA - Herbário "Alberto Castellanos", Feema, <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>, RJ Brasil.<br />
HB - Herbarium Bra<strong>de</strong>anum, <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>, RJ Brasil.<br />
IAN - Instituto <strong>de</strong> Pesquisa e Experimentação Agropecuária <strong>do</strong> Norte, Belém, PA Brasil.<br />
M - Botanische Staatssammlung, München, Fe<strong>de</strong>ral Republic of Germany.<br />
MG — Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, PA Brasil.<br />
K - The Herbarium and Library, Royal Botanical Gar<strong>de</strong>ns, New Great Britain.<br />
LE - Gerbarij Botaniceskogo Instituta V.L. Komarova Aka<strong>de</strong>mii Nauk SSR, Leningra<strong>do</strong>.<br />
URSS.<br />
R — Departamento <strong>de</strong> Botânica <strong>do</strong> Museu Nacional, <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>, RJ Brasil.<br />
RB - <strong>Jardim</strong> <strong>Botânico</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>, RJ Brasil.<br />
SI — Instituto <strong>de</strong> Botânica Darwinion, San Isidro, Argentina.<br />
SP - Instituto <strong>de</strong> Botânica <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP Brasil.<br />
U — Institute for Systematic Botany, Utrecht, Holanda.<br />
UB — Herbário <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Biologia Vegetal, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília, DF<br />
Brasil.<br />
W - Naturhistorisches Museum, Wien. Áustria.<br />
As folhas para observação da nervação foram clarificadas em solução <strong>de</strong> NAOH a 5%, em<br />
seguida lavadas em água <strong>de</strong>stilada, coradas em safranina hidro-alcoólica a 1%, após passarem pelo<br />
álcool 50° G.L. e montadas em xarope <strong>de</strong> Apathy. As peças florais sofreram o mesmo processo,<br />
mas foram montadas provisoriamente em ghcerina aquosa a 50%. * «<br />
Para a realização <strong>do</strong>s <strong>de</strong>senhos que ilustram o trabalho, foram utiliza<strong>do</strong>s o microscópio<br />
ótico e estereoscópio binocular Carl Zeiss, com suas respectivas câmaras claras em diferentes escalas<br />
<strong>de</strong> tempo.<br />
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