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51 - Rodriguésia - Jardim Botânico do Rio de Janeiro

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INTRODUÇÃO<br />

Embora o <strong>Jardim</strong> <strong>do</strong> Passeio Público apresente uma área exígua em<br />

comparação a outros da cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> e nem sobrepuje a parque similares<br />

pela riqueza plástica e colori<strong>do</strong> notável <strong>de</strong> folhas e flores, é porém <strong>do</strong>s mais ricos em<br />

espécies e também <strong>de</strong> um valor histórico incalculável.<br />

O simples fato <strong>de</strong> ter si<strong>do</strong> o campo <strong>de</strong> aulas práticas botânicas <strong>de</strong> Frei José<br />

Mariano da Conceição Vellozo, colocá-lo-ia na lista <strong>do</strong>s mais importantes jardins<br />

públicos <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>.<br />

HISTÓRICO<br />

O início <strong>do</strong> século XVIII foi o marco da urbanização da cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>:<br />

aterraram-se pântanos, construíram-sé pontes e foram promulgadas leis que proibiam fossem<br />

atira<strong>do</strong>s objetos e lixo nas ruas; estes passaram então a ser carrega<strong>do</strong>s pelos escravos em barris<br />

chama<strong>do</strong>s "Tigres" e joga<strong>do</strong>s nas lagoas vizinhas à cida<strong>de</strong>, entre elas a Lagoa <strong>do</strong> Boqueirão da<br />

Ajuda.<br />

Nessa época, o <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> participava <strong>do</strong> "ciclo <strong>de</strong> Ouro" e se convertia no ponto<br />

terminal das estradas que levavam às regiões auríferas, canalizan<strong>do</strong> para cá to<strong>do</strong> o ouro <strong>de</strong>las<br />

retira<strong>do</strong>. Até a meta<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse século, a cida<strong>de</strong> concentrava-se entre a Vala (atual Rua Uruguaiana) e<br />

a Rua <strong>do</strong>s Ourives (hoje dividida em duas: Miguel Couto e Rodrigo Silva). Da várzea partiam<br />

caminhos para a zona sul, intercepta<strong>do</strong>s por pântanos e morros como o Outeiro das Mangueiras que<br />

obrigava, quem quisesse ir para essa região, a contorná-lo. Quan<strong>do</strong>, em 1763, o <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> so<br />

tornou se<strong>de</strong> <strong>do</strong> Vice-Reina<strong>do</strong>, sua forma geral era a <strong>de</strong> um triângulo limita<strong>do</strong> pelo Campo <strong>de</strong> São<br />

Bento, o Castelo e a Vala. Essa foi a época em que o <strong>Rio</strong> se tornou império das minas, das<br />

merca<strong>do</strong>rias e <strong>do</strong>s escravos; com a substituição <strong>do</strong> regime político teve início à mudança<br />

fisionômica da cida<strong>de</strong>, principalmente porque os Vice-Reis procuravam melhorar o aspecto <strong>de</strong>ssa<br />

cida<strong>de</strong> que alguns consi<strong>de</strong>ravam bela e outros suja e mal traçada.<br />

Entre os muitos que se suce<strong>de</strong>ram no Vice-Reina<strong>do</strong>, sobressai o nome <strong>de</strong> D. Luiz <strong>de</strong><br />

Vasconcelos, pelo muito que fez em prol <strong>do</strong> embelezamento e melhoria <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>.<br />

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