17.04.2013 Views

51 - Rodriguésia - Jardim Botânico do Rio de Janeiro

51 - Rodriguésia - Jardim Botânico do Rio de Janeiro

51 - Rodriguésia - Jardim Botânico do Rio de Janeiro

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

nesse país iniciasse seus estu<strong>do</strong>s, se bem que Manuel <strong>de</strong> Araújo Porto Alegre afirme que seu<br />

primeiro mestre foi o entalha<strong>do</strong>r Luís da Fonseca Rosa.<br />

Ao voltar <strong>de</strong> Portugal, on<strong>de</strong> teve a mais elevada instrução técnica, ao que nos informa José<br />

Mariano Filho, começou a trabalhar como colabora<strong>do</strong>r, com artistas <strong>de</strong> reputação, empreiteiros <strong>de</strong><br />

obras torêuticas, mas não tar<strong>do</strong>u a <strong>do</strong>minar, pela superiorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua obra, através <strong>de</strong> trabalhos <strong>de</strong><br />

maior monta e valor artístico. Prepara<strong>do</strong> para a arte torêutica e mestre fundi<strong>do</strong>r a um tempo,<br />

Valentim Fonseca e Silva teria aprendi<strong>do</strong> a fundir o bronze na Metrópole, talvez, com Bartolomeu<br />

da Costa, fundi<strong>do</strong>r régio da coroa portuguesa, autor da estátua <strong>do</strong> Marquês <strong>de</strong> Pombal e <strong>do</strong>s<br />

magníficos canhões que estão no Museu Histórico.<br />

Mestre Valentim, escreve José Mariano Filho, "forneceu <strong>de</strong>senhos e <strong>de</strong>talhes, cota<strong>do</strong>s,<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> executa<strong>do</strong>s não somente em ma<strong>de</strong>ira e prata, mas também em pedra <strong>de</strong> lioz", como o <strong>do</strong><br />

lavabo da sacrisüa da Igreja Nossa Senhora <strong>do</strong> Carmo, no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>, que foi executa<strong>do</strong> em<br />

Portugal, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com seu <strong>de</strong>senho.<br />

O 12? Vice-Rei, Luiz <strong>de</strong> Vasconcelos e Souza (1779-1790), confiou-lhe as tarefas <strong>de</strong><br />

maior vulto e interesse artístico, por não encontrar, na Colônia, artista português capaz <strong>de</strong> fazer os<br />

trabalhos que Valentim executava. A to<strong>do</strong>s sobrelevava, <strong>de</strong> fato, nas obras <strong>de</strong> torêutica, não só<br />

quanto à inteligência <strong>de</strong> concepção como pela niti<strong>de</strong>z da execução material, segun<strong>do</strong> os padrões da<br />

arte portuguesa.<br />

Entre suas obras notáveis cumpre <strong>de</strong>stacar: a capela <strong>de</strong> Nossa Senhora da Vitória, na Igreja<br />

<strong>de</strong> São Francisco <strong>de</strong> Paula (1771-79), o trono da Igreja <strong>do</strong> Carmo (1780), a Cascata e o Chafariz<br />

das Marrecas no Passeio Público (1783), o sacrário da Igreja <strong>de</strong> São Pedro (1800), a Capela-mor da<br />

Igreja <strong>de</strong> São Francisco <strong>de</strong> Paula (1800-13) e as esculturas <strong>de</strong> São Mateus e São João que estão no<br />

Museu Histórico Nacional.<br />

Já no fim <strong>de</strong> sua vida, entre 1810 e 1811 fez o altar da Igreja <strong>de</strong> Nossa Senhora <strong>do</strong> Parto e<br />

as obras <strong>de</strong> restauração mais urgentes, para reparar os estragos causa<strong>do</strong>s por um incêndio em 1789<br />

nessa Igreja.<br />

2 - RODOLFO BERNARDELLI (18<strong>51</strong>-1931), nasceu em Guadalajara, México e morreu no<br />

Brasil. Escultor, professor e diretor da Escola Nacional <strong>de</strong> Belas-Artes, no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> (1890).<br />

Entre suas obras <strong>de</strong>stacam-se: "Sauda<strong>de</strong> da Tribo", "Cristo e a Adúltera", "David", "Osório",<br />

"Caxias". Obra <strong>de</strong>:Corrêa Lima.<br />

3 - FRANCISCO JOAQUIM BETHENCOURT DA SILVA (1831-1911). Arquiteto benemérito,<br />

funda<strong>do</strong>r da Socieda<strong>de</strong> Propaga<strong>do</strong>ra das Belas-Artes e <strong>do</strong> Liceu <strong>de</strong> Artes e Ofícios, a que se <strong>de</strong>dicou<br />

<strong>de</strong>votadamente até a morte.<br />

Nasceu a bor<strong>do</strong> <strong>de</strong> um navio, na altura <strong>de</strong> Cabo Frio, quan<strong>do</strong> seus pais vinham <strong>de</strong> Portugal<br />

para o Brasil.<br />

Foi um <strong>do</strong>s discípulos brasileiros <strong>de</strong> Grandjean <strong>de</strong> Montigny que mais se distinguiu.<br />

Arquiteto da municipalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>, logo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> forma<strong>do</strong> pela Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong><br />

Belas-Artes, foi professor <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho da Escola Politécnica (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1858), e diretor <strong>do</strong> Arquivo<br />

Nacional (1902-1910).<br />

4 - JOSÉ FERREIRA DE SOUSA ARAÚJO (1846-1900). Jornalista e médico brasileiro, nasceu<br />

e faleceu no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>. Diplomou-se em Medicina pela Faculda<strong>de</strong> da Bahia, mas foi,<br />

sobretu<strong>do</strong>, gran<strong>de</strong> jornalista, ten<strong>do</strong> funda<strong>do</strong> (1875) e dirigi<strong>do</strong> a Gazeta <strong>de</strong> Notícias, que<br />

revolucionou a Imprensa da Corte. Assinava suas crônicas sob o pseudônimo <strong>de</strong> Lulu Sênior.<br />

Adaptou para o teatro o Primo Basílio, romance <strong>de</strong> Eça <strong>de</strong> Queiroz. Obra <strong>de</strong>: Ro<strong>do</strong>lfo Bernar<strong>de</strong>lli.<br />

5 - MOACIR GOMES DE ALMEIDA (1902-1925). Poeta brasileiro, autor <strong>de</strong> "Gritos bárbaros",<br />

nasceu e morreu no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>; pertenceu à fase neoparnasiana da poesia brasileira e hoje está<br />

quase esqueci<strong>do</strong>.<br />

6 - JULIA LOPES DE ALMEIDA (1862-1934). Escritora brasileira, nascida em 24/9/1862 e<br />

falecida no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>. Foi romancista e contista <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> naturalista, autora <strong>de</strong> obra<br />

numerosa, da qual <strong>de</strong>stacam-se: Família Me<strong>de</strong>iros (1894). A Viúva Simões (1897). A, Falência<br />

(1901), Ânsia Eterna (1903). A, Intrusa (1908). Seus livros <strong>de</strong> ficção, cerca<strong>do</strong>s <strong>de</strong> certo êxito na<br />

época, procuravam aliar a técnica da escola <strong>de</strong> Zola á preocupação <strong>de</strong> bem escrever. Obra <strong>de</strong>:<br />

Margarida Lopes <strong>de</strong> Almeida.<br />

246

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!